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Críticas ao Presidente do INEM: Promessas em Suspenso

Rui Lázaro, presidente do STEPH, manifesta descontentamento com Sérgio Janeiro, destacando a necessidade urgente de reformas no INEM após um ano de liderança.

22/07/2025 19:50
Críticas ao Presidente do INEM: Promessas em Suspenso

Rui Lázaro, líder do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), expressou hoje a sua insatisfação relativamente ao desempenho do presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Sérgio Janeiro, ao afirmar que esperava que este tivesse realizado mais progressos ao longo do último ano de mandato.

Após uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e outras figuras relevantes, Lázaro fez notar que o tempo para a implementação de medidas estruturais, como a redução dos tempos de triagem, está a esgotar-se, com previsões de arranque no primeiro trimestre de 2025. “A última atualização recebida do presidente do INEM indicava que as medidas começariam em março deste ano, mas já não há informações sobre o andamento dessas implementações”, lamentou.

Durante o encontro, a ministra da Saúde garantiu que irá solicitar informações ao presidente do INEM sobre o atraso nas reformas. Lázaro sublinhou que a organização do INEM não depende apenas do Conselho Diretivo, mas sim de uma colaboração mais ampla. “O nosso objetivo é que as medidas sejam efetivamente postas em prática, independentemente de quem esteja à frente do INEM”, afirmou.

O sindicalista ressaltou que se Sérgio Janeiro não cumprir as suas promessas e tomar decisões que vão contra os interesses do sindicato, a possibilidade de exigir a sua demissão será considerada. “Se o governo estiver confiante na atual liderança, que mantenha esse apoio, mas esperamos resultados”, acrescentou.

A reunião, que se prolongou por cerca de duas horas, também abordou a necessidade de continuar as negociações sobre questões pendentes que o INEM ainda não conseguiu implementar. Foi agendada uma nova reunião de trabalho no Ministério das Finanças para o dia 29 de julho, onde se espera que haja avanços nas respostas estruturais prometidas por Janeiro, que ainda permanecem sem concretização.

Lázaro, por fim, referiu-se às conclusões da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que indicaram que a demora do INEM na resposta a um caso de emergência em Bragança poderia ter custado a vida a um utente de 86 anos. “Estes atrasos já eram uma realidade antes da greve e continuam a ser um problema”, reafirmou.

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