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Cúpula do Alasca: Aumento de sanções à Rússia se cessar-fogo for rejeitado

Na cimeira do Alasca, aliados da Ucrânia pedem novas sanções à Rússia caso Putin não aceite o cessar-fogo. Segurança da Ucrânia em foco nas negociações.

13/08/2025 21:40
Cúpula do Alasca: Aumento de sanções à Rússia se cessar-fogo for rejeitado

Paris, 13 de agosto de 2025 (Lusa) - Na cimeira do Alasca agendada para sexta-feira, os aliados da Ucrânia, parte da Coligação de Voluntários liderada por França, Reino Unido e Alemanha, estão a exigir sanções mais severas contra a Rússia se o Presidente Vladimir Putin não concordar com um cessar-fogo durante encontros com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Durante uma videoconferência que incluiu também o vice-presidente norte-americano, JD Vance, os líderes da Coligação reafirmaram o seu compromisso de garantir a segurança da Ucrânia em nome de uma paz duradoura. Eles propuseram a ideia de uma "força de tranquilização" que poderia ser destacada após o cessar das hostilidades.

Em declarações conjuntas, os líderes destacaram que a Ucrânia deve manter a liberdade de operar militarmente e cooperar com aliados, advertindo que a Rússia não deve ter a capacidade de bloquear o acesso da Ucrânia à União Europeia (UE) e à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte).

A Coligação manifestou apoio à iniciativa de Trump em buscar um cessar-fogo, mas insistiu que a paz deve ser "justa e duradoura", e não pode ser negociada sem a presença da Ucrânia. “A diplomacia deve ir acompanhada de pressão sobre a Rússia, garantindo que os interesses de segurança da Ucrânia e da Europa sejam priorizados”, afirmaram.

Os dirigentes sublinharam que uma verdadeira negociação só pode ter lugar em condições de cessar-fogo e que nenhuma alteração de fronteiras deve ser realizada pela força.

A reunião de líderes europeus com Zelensky e Trump antes do encontro no Alasca enfatizou a necessidade de Zelensky estar presente em todas as discussões relevantes sobre o futuro territorial da Ucrânia. Trump também declarou que a NATO não participará em futuras iniciativas de segurança na Ucrânia, deixando tal responsabilidade aos Estados Unidos e às nações aliadas que assim desejarem.

A Coligação de Voluntários foi formada no início deste ano para coordenar o apoio a Kyiv e organizar futuras medidas de segurança, que incluem a possível presença de tropas no terreno.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro de 2022, foi justificada por Moscovo como uma tentativa de proteger as minorias pró-russas e "desnazificar" o país, que se afastou da influência russa em busca de aproximação à Europa ocidental.

A guerra deixou um saldo trágico de inúmeras perdas de vidas e, nos últimos meses, os ataques aéreos russos intensificaram-se contra cidades e infraestruturas na Ucrânia, enquanto as forças ucranianas têm realizado ofensivas com drones para atingir alvos no território russo e na Crimeia.

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