Economia

Diretor do Banco de Portugal assina contrato após ser constituído arguido na operação Pactum

Carlos Moura, diretor informático do BdP, é alvo de investigações por irregularidades na contratação pública, assinando contratos mesmo após a sua arguição. O caso gera polémica e preocupações sobre gestão pública.

14/07/2025 08:30
Diretor do Banco de Portugal assina contrato após ser constituído arguido na operação Pactum

O diretor de sistemas e tecnologias de informação do Banco de Portugal, Carlos Moura, tornou-se alvo de uma investigação relacionada com a operação Pactum, que visa apurar irregularidades na contratação pública. Apesar de ter sido constituído arguido, Moura continuou a assinar contratos públicos em nome da instituição, um ato que levanta sérias questões sobre a sua responsabilidade na gestão de recursos públicos.

De acordo com informações veiculadas pelo Público, Carlos Moura foi investigado por práticas relacionadas com a adjudicação de contratos informáticos, que somam um montante total de 17 milhões de euros, associadas à suspeita de sobrefaturação.

A operação, que ganhou destaque em abril, levou a Polícia Judiciária a realizar uma onda de buscas em diversas entidades públicas, visando a recolha de provas que sustentem a investigação. O comunicado do Banco de Portugal à data afirmava que a instituição estava a colaborar totalmente com os investigadores.

Moura estava implicado na contratação da empresa Warpom Services para o suporte técnico a equipamentos, tendo assinado o contrato juntamente com a diretora adjunta do departamento, mesmo depois das suspeitas terem sido levantadas. Segundo apurou o Público, Moura apenas deixou de assinar contratos em maio.

A operação Pactum envolve a análise de condutas desde 2017 até 2025, em que um grupo de indivíduos é suspeito de manipular procedimentos de contratação pública e privada. A investigação pode precipitar a imputação de diversos crimes, incluindo corrupção, fraude e branqueamento de capitais.

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