EUA reafirmam compromisso com a paz na Europa em cimeira diplomática
O vice-Presidente dos EUA reiterou a determinação americana em restaurar a paz na Europa, destacando a importância do diálogo na cimeira com Moscovo sobre a Ucrânia.

No contexto de uma visita ao Reino Unido, JD Vance, vice-Presidente dos Estados Unidos, sublinhou que o governo americano está totalmente empenhado em "trazer a paz de volta à Europa". O seu discurso ocorreu durante uma visita às tropas norte-americanas na base militar de Fairford, onde recordou que Donald Trump, no início do seu mandato, lhe revelou que esse seria um dos principais objectivos do seu executivo.
Vance afirmou que "é impossível restaurar a paz em qualquer parte do mundo sem que os responsáveis estejam preocupados", assinalando a importância de uma sólida força aérea e exército para sustentar esses esforços de paz.
Embora Vance esteja em viagem familiar, já se encontrou com o chefe da diplomacia britânica, David Lammy, em Chevening House, onde discutiram a segurança na Europa e a necessidade de pôr fim ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Participando também numa reunião online com aliados de Kiev, Vance comentou que a presença das tropas dos EUA é crucial para alcançar os objetivos de Trump “através da negociação”, referindo a cimeira programada para sexta-feira em Anchorage, no Alasca, entre os líderes dos EUA e da Rússia. Este será o primeiro diálogo de alto nível desde o início da invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022, um conflito que tem sido considerado o mais grave em Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Embora o Presidente da Ucrânia não tenha sido convidado para a reunião, já expressou descontentamento com a ideia de quaisquer cedências territoriais.
Vance também elogiou a antiga aliança entre os EUA e o Reino Unido, referindo-se à colaboração em diversas guerras desde a Primeira Guerra Mundial. "Conquistamos a liberdade e a paz sempre que trabalhamos juntos", comentou.
No entanto, Vance enfrentou críticas no Reino Unido devido às suas observações sobre a dependência militar dos europeus em relação a Washington, tendo designado os países europeus como “vassalos de segurança” e gerando reações negativas de várias forças políticas britânicas.