Governo solicita auditoria sobre a construção do novo edifício do Banco de Portugal

O Ministério das Finanças confirmou, na sequência das notícias publicadas sobre o novo edifício do Banco de Portugal, que irá solicitar uma auditoria à Inspeção Geral de Finanças (IGF). O objetivo é assegurar a transparência do processo, respeitando a autonomia da instituição liderada por Mário Centeno.

O foco da auditoria será o contrato celebrado em maio entre o Banco de Portugal e a Fidelidade, que envolve a compra de um imóvel nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, Lisboa, estimado em 191,99 milhões de euros, com a conclusão da transação marcada para finais de 2027.

O jornal 'Observador' alertou que o custo total das novas instalações poderá ultrapassar os 235 milhões de euros, com estimativas que incluem não apenas as obras estruturais, mas também eventuais custos relacionados com licenciamentos e avaliações de impacto ambiental para o parque de estacionamento.

A IGF, que é um órgão do Ministério das Finanças encarregado de auditar entidades do setor público, vai agora analisar detalhadamente este processo. Em resposta a questões da Lusa, o Banco de Portugal reafirmou o seu compromisso em cumprir rigorosamente todos os normativos legais durante o processo de aquisição do edifício, assegurando que os procedimentos seguidos foram conforme as melhores práticas.

A polémica surge num momento crítico, já que se espera a nomeação do novo governador do Banco de Portugal, após o término do mandato de Mário Centeno, com a decisão a ser anunciada durante a próxima reunião do Conselho de Ministros.