Wall Street em espera enquanto S&P500 atinge novo patamar
A bolsa de Nova Iorque registou uma sessão mista, marcada pela expectativa de resultados financeiros de destaque e um novo recorde do S&P500.

A sessão de hoje na bolsa nova-iorquina terminou de forma variada, com o S&P500 a estabelecer um novo recorde, embora os investidores se mantenham cautelosos à espera dos resultados de empresas como a Alphabet e a Tesla, que serão divulgados nesta quarta-feira.
O índice Dow Jones Industrial Average valorizou 0,40%, enquanto o Nasdaq, que é amplamente tecnológico, recuou 0,39%. O S&P500, por sua vez, subiu ligeiramente 0,06%, encerrando a jornada nos 6.309,62 pontos, superando assim o marco alcançado na véspera.
Conforme descrito por Steve Sosnick, da Interactive Brokers, "assistimos a um movimento de realocação de investimentos", com muitos a optarem por ações de empresas menores em detrimento das grandes tecnológicas que tinham dominado as últimas semanas. Isso é evidenciado pelo desempenho do índice Russell 2000, que avançou 0,79%.
Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, referiu ainda que as transações nesta fase estão a ser moldadas por "realizações de lucros", especialmente com os resultados aproximarem-se das chamadas "Sete Magníficas" das tecnológicas.
A expectativa é elevada, uma vez que o S&P500 está na iminência de divulgar resultados de mais de uma centena de empresas esta semana, enquanto os investidores se preparam para números significativos da Alphabet e Tesla após o fecho do mercado. Hogan alertou que "nesta época, os lucros são desafiantes, pois as expectativas estão baixas e os preços das ações estão em alta."
Além disso, a tensão nas relações comerciais internacionais também está a ser monitorizada, especialmente com a aproximação do prazo de 01 de agosto, estipulado por Donald Trump, para acordos comerciais que poderiam evitar aumentos substanciais nas tarifas sobre as exportações para os Estados Unidos. Até agora, foram divulgados apenas quatro acordos, sendo que o mais recente foi com as Filipinas, sinalizando uma leve desescalada com a China.