IGAS conclui que atraso no INEM não causou morte em Pombal

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) chegou à conclusão de que não existe um nexo de causalidade entre o atraso no atendimento do INEM e a morte de um homem de 90 anos, ocorrida a 4 de novembro de 2024. De acordo com o relatório, que foi consultado pela Lusa, as chances de sobrevivência do octogenário seriam semelhantes, mesmo em situações ideais.

A morte do homem coincidiu com um dia marcado por duas greves que impactaram gravemente o tempo de resposta do INEM: a greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) às horas extraordinárias e a greve da Função Pública. Este contexto contribuiu para que mais de metade das 7.326 chamadas recebidas pelo INEM nesse dia tivessem sido abandonadas, com apenas 2.510 atendidas.

O relatório da IGAS foi elaborado com o intuito de analisar a situação e determinar as consequências que os atrasos no atendimento poderiam ter causado. Embora os tempos de espera tenham sido notoriamente elevados, a autoridade reguladora manteve que a questão da sobrevivência do homem em questão não estava diretamente relacionada aos atrasos no socorro.