Incêndio na Serra do Açor leva à evacuação de 55 pessoas em Seia
Um incêndio florestal em Arganil propagou-se para Seia, resultando na evacuação de 55 pessoas, mas sem danos nas habitações, revelam autoridades locais.

Seia, Guarda, 13 ago 2025 (Lusa) -- Um incêndio florestal deflagrou na serra do Açor, em Arganil, e alastrou-se a Seia, no distrito da Guarda, levando à evacuação de aproximadamente 55 indivíduos de várias localidades, conforme informou uma fonte oficial.
Luciano Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Seia, esclareceu que "logo que se deu a ordem de evacuação ao início da tarde", os evacuados foram concentrados na Casa do Povo de Vide, provenientes de "algumas aldeias do concelho de Seia e do concelho de Arganil".
O autarca fez um balanço da situação às 20:00, sublinhando que o incêndio começou às 05:08 na serra do Açor e espalhou-se para os concelhos vizinhos, incluindo Oliveira do Hospital e Seia, onde as chamas se intensificaram ao longo da tarde.
As chamas, de acordo com Luciano Ribeiro, estão a avançar na União de Freguesias de Vide e Cabeça, ameaçando especialmente as áreas junto à ribeira do Piódão, local onde o combate ao incêndio se torna complicado devido à geografia do terreno.
"Neste momento, os bombeiros estão a controlar a situação e a manter o incêndio afastado das povoações, embora o fogo continue em áreas de difícil acesso. Até agora, não houve registo de feridos", acrescentou o presidente da Câmara.
Ribeiro informou ainda que, na altura, existia "um pouco de vento" e que a previsão de uma mudança na direção do vento aumentava a imprevisibilidade do incêndio, especialmente nas áreas montanhosas que já hadecido em 2017.
O incêndio, que se acredita ter sido provocado por uma trovoada seca, mobilizou durante o dia quase setecentos operacionais e cinco meios aéreos. Ao anoitecer, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) reportou 858 operacionais, acompanhados por 271 veículos e um meio aéreo.
No município de Arganil, além das localidades de Chãs de Égua e Foz de Égua, as chamas ameaçaram ainda áreas de Porto Silvado, Sobral Magro e Vale do Torno, entre outras na freguesia de Pomares.
Os autarcas locais apontam que os fortes ventos e a orografia acentuada da região, marcada por vales encaixados e imenso fumo, dificultam o combate ao incêndio.