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Israel confirma identidade dos corpos de dois reféns entregues pelo Hamas

O governo de Israel anunciou que os corpos de Amiram Cooper e Sahar Baruch, devolvidos pelo Hamas, foram identificados, lamentando a perda e exigindo o repatriamento dos falecidos.

As autoridades israelitas confirmaram a identidade dos corpos entregues hoje pelo Hamas à Cruz Vermelha em Gaza, sendo estes dos reféns Amiram Cooper e Sahar Baruch. O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, expressou a sua profunda tristeza pelas famílias afetadas, incluindo as de Cooper e Baruch, em comunicado oficial.

Além disso, o governo enfatizou que "o Hamas deve cumprir as suas obrigações com os mediadores e repatriar os corpos dos falecidos" conforme estipulado no cessar-fogo.

Com a devolução destes corpos, permanecem ainda 11 reféns israelitas falecidos em território palestiniano. A agência Efe reportou que, em relação ao procedimento de devolução, as Brigadas Al-Qassam do Hamas afirmaram ter recuperado os corpos na terça-feira, mas a entrega foi adiada devido a bombardeamentos israelitas que ocorreram nessa mesma noite.

Cooper, que faleceu aos 85 anos em cativeiro, teve o seu corpo encontrado depois de uma busca de 13 dias em um túnel em Khan Younis. Informações contrastantes surgem em relação à causa da morte: uns reportam que ele morreu por um colapso do túnel, outros afirmam que foi morto pelos próprios captores.

Por outro lado, Sahar Baruch, de 25 anos, também perdeu a vida em Gaza, e o Exército israelita já reconheceu que ele morreu durante uma operação de resgate mal sucedida em dezembro de 2023. Na altura, a incerteza sobre a causa da morte foi atribuída à dificuldade em determinar se fora responsabilidade do Hamas ou das próprias forças israelitas.

Historicamente, o Hamas devolveu restos mortais que não correspondem aos reféns em várias ocasiões, com o caso mais recente ocorrido na noite de segunda-feira, quando foram entregues os restos de um homem que já havia sido removido por Israel em 2023. Esta série de incidentes, junto ao ataque que resultou na morte de um soldado israelita, justifica os bombardeamentos israelitas em Gaza na noite de terça-feira, onde pelo menos 110 pessoas, a maioria mulheres e crianças, faleceram, conforme denunciado pela ONU.

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