Israel intercepta míssil proveniente do Iémen após ataques em Hodeida
O exército israelita anunciou a intercetação de um míssil do Iémen, após ataques contra posições huthis no porto de Hodeida, intensificando aumentos nas tensões regionais.

O exército israelita comunicou hoje que conseguiu intercetar um míssil lançado do Iémen, em resposta a alarmes ouvidos em diversas regiões do país. Este incidente ocorreu após Israel ter realizado, na segunda-feira, ataques direcionados a alvos dos rebeldes Hutis no porto de Hodeida, um dos mais relevantes no Iémen, situado na costa do mar Vermelho.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, revelou que o objetivo dos bombardeamentos era atingir "alvos terroristas" huthis, reforçando as intenções do país na região. Katz fez uma contundente comparação, afirmando que "o destino do Iémen será o mesmo que o de Teerão", numa clara referência à escalada de hostilidades que começou com um ataque israelita ao Irão em junho, cuja sequência de confrontos se arrastou por 12 dias.
Um porta-voz dos Hutis, que optou por manter a sua identidade em anonimato, relatou à agência de notícias France-Presse que os bombardeios destruíram "um cais que havia sido recentemente reconstruído após um ataque anterior". Os Hutis controlam a capital Sanaa e outras regiões do Iémen, um país assolado por conflitos desde 2014, e estão integrados numa aliança anti-Israel promovida por Teerão, que também inclui o Hezbollah e o Hamas.
Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, a 7 de outubro de 2023, os rebeldes têm lançado regularmente mísseis contra o território israelita. A maioria destes projectos é interceptada antes de conseguir penetrar no espaço aéreo israelita. Além disso, os Hutis realizaram ataques a embarcações que consideram associadas a Israel, afirmando agir em nome da solidariedade com os palestinianos.
Em resposta a estas provocações, Israel intensificou os seus bombardeamentos contra alvos huthis, com o porto de Hodeida já tendo sido alvo de um ataque a 7 de julho. Com as ameaças israelitas a pairar, há receios de que uma escalada militar contra o Iémen, o país mais empobrecido da Península Arábica, se possa concretizar.