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Lucros da Audi caem quase 15% até setembro: impactos das tarifas e do mercado chinês

A Audi reporta uma descida de 14,9% nos lucros até setembro, devido a tarifas nos EUA e queda nas vendas na China. No entanto, a faturação aumentou 4,6%.

A Audi divulgou os seus resultados do terceiro trimestre no passado dia 31 de outubro, revelando uma diminuição de 14,9% nos lucros até setembro, totalizando 2.064 milhões de euros. Entre as principais razões para esta queda estão as tarifas impostas pelos EUA e uma significante desaceleração nas vendas na China.

Apesar da queda nos lucros, a empresa apresentou um aumento de 4,6% na faturação, que atingiu 48.380 milhões de euros. O desempenho no mercado chinês registou uma diminuição de 22,8% de janeiro a setembro, resultando em receitas de 386 milhões de euros, uma descida face aos 500 milhões do ano anterior.

A Audi atribuiu as suas dificuldades à tensão comercial com os EUA, que, segundo o diretor financeiro Jürgen Rittersberger, resultou em perdas de cerca de 850 milhões de euros para a marca, o que representa uma redução de dois pontos percentuais na rentabilidade. Para o ano, é esperado que os custos associados a estas tarifas cheguem a 1,3 mil milhões de euros.

Além das tarifas, a empresa está a enfrentar encargos relacionados com a reestruturação interna e com a adaptação de uma plataforma de veículos elétricos.

No que diz respeito às entregas, o grupo viu uma descida de 2,6% na Europa, embora tenha havido um ligeiro aumento de 0,7% na Alemanha. Globalmente, as entregas totalizaram 1.191.141 automóveis, o que representa uma queda de 4,8% em comparação com o ano anterior.

Entre as boas notícias, a procura por veículos elétricos da Audi aumentou 41%, com 163.000 unidades vendidas, e na Europa (sem incluir a Alemanha), as vendas de modelos elétricos registaram um crescimento de 43% com 79.200 unidades entregues.

Na Alemanha, os modelos elétricos foram particularmente populares, com mais de 28.000 veículos vendidos, um aumento impressionante de 70%. Na China, foram cerca de 434.000 carros entregues, uma descida de 9%, enquanto nos EUA (excluindo o México) as vendas de elétricos cresceram 54%, somando aproximadamente 32.000 unidades.

Face a estas dificuldades e evolução do mercado, a Audi atualizou as suas previsões para o ano, prevendo entre 1,65 milhões e 1,75 milhões de entregas para o ano fiscal de 2025, uma revisão em relação à estimativa anterior de 1,7 milhões. As receitas de vendas são esperadas entre 65 e 70 mil milhões de euros, e a margem operacional deverá situar-se entre 4% e 6%.

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