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"Lula promete candidatura em 2026 para evitar retorno ao extremismo"

O presidente Lula da Silva revelou que se candidatará novamente se a sua saúde permitir, garantindo que não voltará a entregar o país a extremistas.

há 3 horas
"Lula promete candidatura em 2026 para evitar retorno ao extremismo"

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou hoje que, caso mantenha a sua saúde e disposição atuais, avançará como candidato nas eleições presidenciais de 2026. Lula afirmou que não está disposto a "entregar esse país de volta para aquele bando de malucos que quase destroem este país nos últimos anos".

As declarações foram feitas durante um evento no Ceará e são uma clara referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Este, que é alvo de novas investigações, está a ser acusado pela polícia brasileira de ter colaborado com o seu filho, Eduardo Bolsonaro, em ações junto da administração dos Estados Unidos com o intuito de impor sanções a "agentes públicos do Estado brasileiro" e influenciar o arquivamento do seu julgamento pela tentativa de golpe de Estado.

Além disso, Lula destacou que a sua decisão final sobre a candidatura será tomada no próximo ano: "Preciso conversar com a minha consciência e conversar com vocês". Estas palavras surgem depois de uma operação da Polícia Federal que resultou em buscas a residências associadas a Bolsonaro, sobre as quais o juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, fundamentou a necessidade devido à possível obstrução da justiça.

O ex-líder brasileiro enfrenta agora diversas restrições impostas judicialmente, incluindo o uso de uma pulseira eletrónica, a proibição de uso de redes sociais e a proibição de contacto com o seu filho, Eduardo. O juiz Moraes considerou que tanto Bolsonaro quanto o seu filho são responsáveis por "atos claros de execução e confissões de atos criminosos" que têm vindo a ocorrer.

No decorrer deste processo, Bolsonaro foi ainda acusado de tentar extorquir a Justiça brasileira ao condicionar a revogação de tarifas impostas por Donald Trump à sua própria amnistia. O ex-presidente deverá cumprir medidas como permanecer em casa durante a noite e aos fins de semana, e não poderá contatar diplomatas ou se aproximar de embaixadas.

Vale recordar que na semana passada Donald Trump impôs tarifas elevadas sobre as exportações brasileiras, alegando que há uma "caça às bruxas" contra Bolsonaro, que enfrenta um processo no Supremo Tribunal por sua conduta após a derrota eleitoral em 2022.

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