Ministro das Infraestruturas defende clareza sobre nova localização da estação de TGV
Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas, minimiza a controvérsia sobre a estação de alta velocidade em Gaia, pedindo uma solução rápida e reafirmando a sua legitimidade.
 
          
          
        O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, sublinhou hoje que não vê qualquer "polémica" em relação à nova localização da estação de alta velocidade em Gaia. O governante considera a proposta de alteração apresentada pelo consórcio construtor como "legítima" e defende uma decisão célere sobre o assunto.
"Não diria que é uma polémica. O consórcio apresentou uma proposta validamente. Não posso discutir a proposta sem conhecê-la, enquanto a Infraestruturas de Portugal, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Proteção Civil estão em processo de avaliação," afirmou o ministro durante a sua intervenção numa audição parlamentar.
A questão centra-se na proposta do consórcio AVAN Norte, que pretende deslocar a estação de alta velocidade, previamente prevista para Santo Ovídio, para Vilar do Paraíso. Esta alteração não garante as ligações com as linhas de metro de que a anterior proposta dispunha.
Miguel Pinto Luz revelou que tanto o anterior presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), como o atual, Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP/IL), estão de acordo com a mudança de localização, assegurando que o Governo dialogará com as autarquias para garantir uma decisão que beneficie Gaia. "Ainda não tomámos nenhuma decisão e o Governo não irá agir em desacordo com as câmaras municipais," afirmou o ministro.
Quando questionado pelos deputados sobre a necessidade de reavaliar soluções para a estação, Miguel Pinto Luz reforçou a importância de ter um diálogo fluidocom o parlamento e com os autarcas. "Devemos garantir que o Estado não sofre prejuízos económicos e que as questões ambientais são devidamente analisadas," disse.
O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, garantiu que existe espaço para decisões e que a análise envolverá todos os aspectos legais, operacionais, de segurança e financeiras. O deputado do PS, Frederico Francisco, alertou que a infraestrutura de alta velocidade deve ser tratada como um projeto nacional e não local, apontando que a falta de propostas alternativas poderia atrasar o projeto.
A deputada do PCP, Paula Santos, criticou a postura do Governo, enquanto o deputado do PSD, Rui Rocha Pereira, expressou a sua preocupção com a decisão de reduzir o traçado em túnel.