Mundo

Morrem 18 palestinianos em novos bombardeios israelitas em Gaza

Este sábado, pelo menos 18 pessoas perderam a vida em ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza, destacando a situação humanitária crítica, segundo as autoridades locais.

há 3 horas
Morrem 18 palestinianos em novos bombardeios israelitas em Gaza

Hoje, a Faixa de Gaza registou a morte de pelo menos 18 palestinianos em consequência de bombardeios israelitas, de acordo com informações fornecidas pelas autoridades palestinianas. Este número é parte de um total alarmante que, desde o início do conflito, já contabiliza mais de 60.400 mortos e cerca de 148.700 feridos na região controlada pelo Hamas.

Nas últimas 24 horas, o número de vítimas subiu para 98, com 1.079 feridos, incluindo 39 indivíduos que foram alvejados enquanto tentavam aceder a ajuda humanitária através da Fundação Humanitária para Gaza (FHG), apoiada pelos Estados Unidos e Israel.

Os ataques de hoje foram especialmente devastadores nas áreas centrais e sul de Gaza, com 10 das vítimas a serem registradas provenientes destes ataques. Em Zawaida e Deir al-Balah, uma residência foi atingida, assim como tendas que abrigavam deslocados, tendo o Hospital Nasser reportado a morte de cinco palestinianos que esperavam por ajuda perto do corredor de Morag, em Rafah.

Testemunhas como Yahia Youssef relataram momentos de caos e desespero à procura de assistência, afirmando que “é o mesmo episódio diário”, referindo-se à violência constante. Apesar dos apelos, a FHG negou que qualquer incidente tivesse ocorrido nas suas instalações.

Este episódio surge após uma recente visita de autoridades dos EUA a um ponto de distribuição de ajuda, onde o embaixador Mike Huckabee elogiou o esforço humanitário. Entretanto, um relatório da ONU indicou que entre maio e julho, 859 pessoas foram mortas perto de centros de distribuição.

A Fundação Humanitária defendeu suas operações, afirmando que apenas usaram gás pimenta e dissuasão para garantir a ordem, enquanto as forças israelitas alegaram ter disparado somente tiros de advertência.

O tenente-general Eyal Zamir, chefe das forças armadas israelitas, reiterou que as operações continuarão sem trégua enquanto os reféns não forem libertados. Em Telavive, famílias exigiram a libertação dos reféns, clamando por um acordo que ponha fim ao conflito, especialmente após o Hamas divulgar vídeos que causaram indignação.

Dos 251 reféns levados em 7 de outubro, estima-se que cerca de 20 permaneçam vivos em Gaza. Vários países europeus manifestaram a intenção de se juntar a uma coligação liderada pela Jordânia para realizar lançamentos aéreos de ajuda, apesar de reconhecerem que essa estratégia é deficitária.

Philippe Lazzarini, diretor da agência da ONU para os refugiados palestinianos, questionou a eficácia dos lançamentos aéreos, sugerindo que se deve haver um maior empenho para abrir as passagens rodoviárias. Apesar das restrições e da violência, a ONU tem conseguido entregar ajuda, embora acreditem que os recursos estão a ser desviados pelo Hamas, sem provas concretas de roubo em larga escala.

Além disso, o Hamas reportou que nas últimas 24 horas sete pessoas faleceram devido a causas relacionadas com a subnutrição, incluindo uma criança, elevando para 93 o total de crianças mortas por fome desde o início do conflito.

#GazaEmCrise #AuxílioHumanitário #PazNoOrienteMédio