Papa Leão XIV: Um Atenção Incansável às Questões de Paz
Em seus primeiros 100 dias, o Papa Leão XIV tem se destacado pelos apelos à paz e por abordar temas como justiça social e proteção ambiental, refletindo sobre crises globais.

No dia 8 de maio, ao ser eleito como o 267.º bispo de Roma, o Papa Leão XIV fez das suas palavras iniciais um forte apelo: "Que a paz esteja convosco". Desde então, manifesto a sua preocupação com os conflitos em curso, especialmente na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Ao longo dos seus 100 primeiros dias de pontificado, o Papa tem abordado a questão da paz de forma contínua.
Na sua primeira mensagem dominical, apenas três dias após a eleição, Leão XIV reforçou a ideia de que "nunca mais a guerra" pode ser uma realidade, referindo a "dramática situação de uma III Guerra Mundial fragmentada". Com empatia, evocou os "sofrimentos do amado povo da Ucrânia", instando a comunidade internacional a trabalhar rumo a uma paz justa e duradoura. Lembrando a invasão russa de fevereiro de 2022, o Papa apelou para que se tomem medidas urgentes para acabar com as hostilidades.
Quanto à situação na Faixa de Gaza, o Papa expressou profundo pesar pelo sofrimento da população civil, pedindo um "cessar-fogo imediato" e ajuda humanitária. Ressaltou que a agressão israelita, desencadeada pelos ataques do Hamas, resultou em numerosas perdas humanas e destruição massiva, indicando que a situação clama por ação solidária e médica imediata.
Numa audiência com membros das 23 Igrejas Católicas do Oriente, Leão XIV convocou os líderes mundiais a dialogar e buscar soluções pacíficas, oferecendo o Vaticano como mediador entre os conflitantes. Durante a missa de início do seu pontificado, o Papa também abordou a questão da fome em Gaza e reagiu à "Ucrânia martirizada", solicitando um caminho claro para negociações de paz.
Leão XIV não se esquivou em manter diálogos com líderes mundiais significativos, incluindo Volodymyr Zelensky, Vladimir Putin, António Costa e António Guterres, nas suas tentativas de abordar e mitigar as crises em curso.
Em um discurso recente, marcando 80 anos dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki, advertiu sobre os horrores da guerra e a devastação causada por armas nucleares. Além disso, fez um apelo forte para que as necessidades dos mais vulneráveis nunca sejam deixadas de lado, propondo uma Igreja Católica unida contra as desigualdades sociais e económicas que perpetuam a fragmentação e o conflito.
O Papa reafirmou a necessidade de uma cultura de prevenção em relação a abusos dentro da Igreja, sem tolerância para qualquer forma de opressão. Destacou a importância de um "diálogo renovado", especialmente em relação ao futuro do planeta, em uma mensagem celebrando a encíclica "Laudato Si".
Ainda se manifestou positivamente quanto ao convite para participar na Cimeira do Clima (COP30) em Belém, Brasil, além de ter recebido um convite para visitar o Santuário de Fátima. Até o momento, a única visita programada é à Turquia para o 1.700.º aniversário do Concílio de Niceia.