"Zelensky denuncia continuação de ataques russos em dia de cimeira entre Trump e Putin"
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, critica a Rússia por continuar os bombardeamentos na Ucrânia, mesmo durante a cimeira no Alasca entre os líderes russo e norte-americano.

No contexto das negociações entre os EUA e a Rússia, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou a sua indignação ao afirmar que "a Rússia continua a matar pessoas na Ucrânia". A sua declaração surge no mesmo dia em que, Donald Trump e Vladimir Putin se reuniram em Anchorage, no Alasca, para discutir o conflito na Ucrânia.
Zelensky, que ficou de fora da cimeira, utilizou a rede X para destacar os ataques em várias regiões ucranianas, mencionando bombardeamentos no mercado central de Sumy e agressões em Zaporijia, Kherson e Donetsk. "A guerra continua. E a ausência de um cessar-fogo e de vontade de Moscovo para terminar a hostilidade diz tudo", sublinhou.
O líder ucraniano reforçou a importância de um posicionamento robusto dos Estados Unidos e ressaltou a sua disposição para participar de conversações diretas entre Trump e Putin, afirmando que "soluções eficazes são possíveis neste formato". Além disso, pediu um compromisso de segurança para a Ucrânia como condição necessária para assegurar a paz.
Durante a reunião do dia, o Presidente Trump mencionou a intenção de convocar um encontro tripartido, contando com a presença de Zelensky, caso a cimeira produza avanços significativos. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou essa possibilidade.
As discussões entre os líderes foram precedidas por um conjunto de reuniões virtuais que envolveram líderes europeus, onde se apelou a um cessar-fogo como base para um eventual acordo de paz. Zelensky, em conjunto com o chanceler alemão, Friedrich Merz, enfatizou que os interesses de segurança da Europa e da Ucrânia devem ser prioritários nas discussões.
A reunião entre Trump e Putin em Anchorage é a primeira desde 2018 e representa um regresso significativo de Putin aos Estados Unidos, apesar do seu status como fugitivo da justiça internacional devido a acusações de crimes de guerra. Os dois líderes foram recebidos com honras de estado, num momento que promete influenciar o panorama geopolítico atual.
A cimeira foi alargada além do formato inicial, com a inclusão de outros diplomatas importantes, que estarão presentes a discutir negociações de paz e segurança, refletindo a complexidade da situação.