"Papa pede resolução urgente da crise humanitária em Gaza e libertação de reféns"

"É urgente que se encontre uma solução para a crise humanitária que atravessamos. Não podemos permanecer nesta situação. Reconhecemos a gravidade da violência e prestamos homenagem às vítimas, incluindo os reféns. É fundamental que estes sejam libertados, mas devemos também olhar para os muitos que enfrentam a fome e o sofrimento", declarou o Papa Leão XIV, à chegada ao seu retiro em Castel Gandolfo.

O líder da Igreja Católica destacou que, embora o Vaticano "não tenha o poder de pôr fim aos conflitos", está a esforçar-se para fomentar o entendimento. "Promovemos o diálogo e buscamos soluções. A guerra não resolve problemas; a paz é sempre o objetivo que devemos perseguir", acrescentou.

A ofensiva de Israel em Gaza teve início após os ataques do Hamas, que ocorreram em 7 de outubro de 2023, resultando na morte de cerca de 1.200 pessoas e na captura de 250 reféns, dos quais cerca de 50, incluindo 20 ainda vivos, permanecem detidos. Desde então, a operação militar israelita já provocou mais de 61 mil mortes e a destruição praticamente total das infraestruturas de Gaza, levantando acusações de genocídio por parte de diversas nações e organismos.

Leão XIV enfatizou a necessidade de um acordo que ponha fim à violência, referindo-se também à cimeira entre os Presidentes dos EUA e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin. "Acredito sempre na possibilidade de um cessar-fogo. É incompreensível que a guerra persista durante tanto tempo. Qual é o propósito deste conflito?", questionou, numa resposta a jornalistas.

Após passar 16 dias em julho na Villa Barberini, que nunca foi visitada por Francisco, o Papa Leão XVI seguiu agora para Castel Gandolfo, em busca de um refugio do calor intenso de Roma.