Redução do IRS em Agosto e Setembro: O Que Esperar
Trabalhadores e pensionistas com baixos rendimentos ficarão isentos de IRS durante dois meses. No entanto, preparem-se para ajustes futuros nas declarações.
O Portal das Finanças publicou as novas tabelas de retenção na fonte, que entrarão em vigor a partir de agosto. Durante este mês e setembro, colaboradores e pensionistas que recebem até 1.136 e 1.116 euros brutos, respetivamente, poderão beneficiar de uma taxa de retenção de 0%. Esta medida, anunciada pelo Governo, visa compensar os descontos realizados desde janeiro.
Para os trabalhadores que ganham até 1.136 euros, não haverá dedução de IRS, independentemente do estado civil. Contudo, os trabalhadores casados cuja parter não aufere rendimentos verão a isenção limitada a salários de até 1.081 euros.
As entidades empregadoras são responsáveis por implementar estas novas taxas a partir do primeiro dia de agosto, podendo corrigir os descontos nos meses subsequentes se necessário.
A partir de outubro, as novas taxas de IRS estarão em vigor, refletindo ajustes, pois os descontos serão superiores aos de agosto e setembro, mas ainda assim inferiores às taxas atuais. As reduções variam entre 0,4 e 0,6 pontos percentuais nos primeiros oito escalões.
Para as pensões, a isenção também se aplica da mesma forma, assegurando que reformas até 1.116 euros mensais ficam isentas, enquanto pensionistas casados que sejam os únicos a receber podem beneficiar de um limiar até 1.152 euros. Já a partir de outubro, as taxas voltam a ser aplicadas com ajustes significativos nas deduções.
É importante ter em mente que, embora estes meses tragam maior liquidez, contribuintes e pensionistas poderão enfrentar um acerto maior em 2026, uma vez que a redução atual poderá resultar em ajustes no IRS a pagar no futuro, conforme adiantou o fiscalista Luís Leon.
A secretária de Estado dos Assuntos Fiscais já afirmou que, apesar da diminuição do imposto para todos, os acertos podem variar, mas isso significa que os cidadãos terão mais dinheiro disponível agora.
Outras alterações às tabelas de retenção estão previstas para janeiro de 2026, em resposta à necessidade de adequação dos escalões de IRS, o que promete impactar os descontos mensais e as finanças dos trabalhadores.