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Toyota assegura que não haverá problemas de fornecimento de 'chips' a curto prazo

Apesar das preocupações com a crise da Nexperia, a Toyota não prevê dificuldades imediatas no fornecimento de semicondutores. A empresa está atenta à situação em evolução.

A Toyota declarou que, por enquanto, não enfrenta dificuldades no fornecimento de 'chips', mesmo perante a crise provocada pelo caso da Nexperia, que tem gerado apreensão em várias montadoras. Durante o Japan Mobility Show, o seu CEO, Koji Sato, sublinhou que embora exista algum risco associado ao abastecimento, não se antecipa uma falta imediata.

Apesar de reconhecer que a situação pode evoluir, Sato afastou a ideia de uma interrupção repentina no fornecimento. Desde o surgimento de dificuldades durante a pandemia da Covid-19, os fabricantes de automóveis japoneses têm procurado normalizar a utilização de ‘chips’ de gerações anteriores, com o intuito de minimizar os impactos causados por potenciais escassezes.

Na Europa, a situação é preocupante, com a Bloomberg a reportar que uma importante fornecedora, que atende empresas como a BMW e a Volkswagen, está a reduzir a produção devido à falta de semicondutores. A Associação Europeia de Construtores Automóveis já expressou temor por uma possível interrupção da produção automóvel este continente.

Em Portugal, a Volkswagen Autoeuropa poderá manter a sua atividade até ao final da próxima semana, tendo estabelecido um grupo de trabalho para encontrar soluções, conforme revelou o diretor-geral à Lusa. Por sua vez, na Stellantis, o CEO Antonio Filosa afirmou que a empresa está a implementar diversas medidas para enfrentar a situação.

A crise da Nexperia começou em setembro, quando o governo holandês tomou o controlo temporário da empresa, que pertence à chinesa Wingtech, motivado por receios sobre possíveis desmantelamentos das operações europeias. A China respondeu com a proibição da exportação de materiais da Nexperia China, exigindo ainda a reintegração do CEO destituído como condição para avançar com qualquer acordo.

Além disso, líderes de grandes fabricantes, como Ola Källenius, da Mercedes-Benz, e Arno Antlitz, da Volkswagen, defendem que a resolução do impasse deve ser abordada em termos políticos.

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