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Vance adverte sobre consequências no setor aéreo se paralisação persistir

O vice-presidente americano, J.D. Vance, expressou preocupações sobre o impacto da paralisação do governo nas viagens aéreas, com riscos de atrasos severos.

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, lançou um alerta sobre as sérias repercussões que a continuidade da paralisação governamental, que começou a 1 de outubro, poderá ter nas viagens aéreas. Vance enfatizou que a situação atual representa "um desastre" em potencial, afetando milhões que planeiam viajar, especialmente para o Dia de Ação de Graças.

Numa conferência de imprensa realizada na Casa Branca, onde esteve acompanhado pelo secretário dos Transportes, Sean Duffy, e líderes sindicais do setor aéreo, Vance sublinhou: "Queremos que as pessoas consigam chegar a casa para passar o Dia de Ação de Graças e que possam realizar as suas viagens de negócios".

O vice-presidente conduziu uma mesa-redonda com trabalhadores do setor aéreo, onde abordou o impacto psicológico da falta de salários nos controladores de tráfego aéreo, descrito como uma situação crítica que pode resultar num "desastre" nas operações aéreas.

Entre os participantes da discussão estavam figuras importantes do setor, como Robert Isom, CEO da American Airlines, e Scott Kirby, CEO da United Airlines, além de líderes sindicais como Nick Daniels e Sean O'Brien.

A reunião ocorreu após os controladores de tráfego aéreo não terem recebido o seu primeiro salário completo desde o início da paralisação. Estes trabalhadores, sendo funcionários públicos, estão obrigados a manter as suas funções, apesar da falta de remuneração.

Em 2019, uma paralisação governamental anterior levou a uma crise semelhante, resultando na interrupção do tráfego aéreo doméstico, o que forçou a implementação de um acordo legislativo para resolver a situação.

A atual paralisação deverá persistir pelo menos até 3 de novembro, uma vez que o Senado dos EUA apenas retoma as suas atividades nesse dia. O encerramento da sessão foi anunciado para hoje, tendo terminado às 15:25 (hora local) e só voltará ao trabalho na segunda-feira.

Este impasse está a prolongar-se e poderá igualar ou superar a paralisação mais longa da história, que durou 35 dias durante o mandato de Donald Trump. A questão principal que motiva o bloqueio no Senado está relacionada com as condições impostas pelos democratas sobre a prorrogação dos subsídios do Obamacare, que estão prestes a expirar.

De acordo com as análises do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO), a economia dos EUA pode enfrentar perdas de até 14 mil milhões de dólares (12,03 mil milhões de euros) caso a paralisação se estenda. Se o governo se reabrir esta semana, as perdas poderão ser de cerca de sete mil milhões de dólares (6,02 mil milhões de euros), mas se a situação se agravar na próxima semana, as perdas poderão ascender a 11 mil milhões de dólares (9,45 mil milhões de euros).

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