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"Viver Para Contar: A Aventura Arriscada de João Amorim no Afeganistão"

João Amorim, conhecido como 'Follow The Sun', partilhou a sua experiência no Afeganistão, onde enfrentou desafios inesperados, incluindo a perseguição por um talibã. A sua visão do país opõe-se às ideias preconcebidas.

há 4 horas
"Viver Para Contar: A Aventura Arriscada de João Amorim no Afeganistão"

João Amorim, um fotógrafo e influenciador digital apaixonado por viagens, é conhecido pelo projeto 'Fundo da Aldeia', que incluiu a compra de meia aldeia no Gerês. Recentemente, a sua atenção voltou-se para o Afeganistão, que tem enfrentado uma grave crise desde a reconquista do poder pelo regime talibã em 2021.

Na sua jornada, João relata ter sido confrontado com uma realidade surpreendente e desanimadora. Após visitas prévias a países como o Iraque e o Iémen, onde a realidade foi menos severa do que antecipado, o Afeganistão mostrou-se “estupidamente pobre” e “instável”. Apesar do descontentamento generalizado com as regras opressivas dos talibãs, João observou um vislumbre de esperança entre a população, que embora infeliz, não vive em guerra constante.

Durante a viagem, João e a sua colega, Marta, viveram uma experiência aterradora ao serem perseguidos por um talibã em Kandahar. Este momento crítico fez com que sentissem o verdadeiro peso da instabilidade presente no país. Ele descreve a situação como aterrorizante e revela que houve uma conscientização rápida sobre o risco que enfrentavam. O guia local, que os acompanhava, pressentiu o perigo e conduziu-os rapidamente para segurança.

O relato de João vai além da radicalidade imediata e traz uma análise sobre o cotidiano afegão. Apesar das restrições severas, observou que muitas mulheres eram vistas nas ruas em Cabul, algumas sem burca, mas a história muda nas regiões mais conservadoras. O contraste entre diferentes áreas do país proporciona uma janela única sobre as múltiplas realidades que coexistem na sociedade afegã.

Consciente das dificuldades que a população enfrenta, João enfatiza a pobreza extrema, com crianças a trabalhar em condições deploráveis. Ao mesmo tempo, ele detecta um certo alívio coletivo entre os afegãos por não estarem em guerra, o que dá um travo de esperança para o futuro. Contudo, as interacções com os talibãs mostraram-se limitadas, revelando um governo que se fecha a certas interações para evitar uma abertura indesejada.

Em última análise, João Amorim pretende deixar a sua marca ao compartilhar experiências que promovam uma visão mais ampla do Afeganistão, desafiando a narrativa convencional de medo e conflito. As suas reflexões são relevantes, não apenas para o público português, mas para qualquer pessoa interessada em compreender melhor o complexo tecido social de um dos países mais mal compreendidos do mundo.

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