Economia

Wall Street encerra em subida, favorecida por dados de inflação moderados

As bolsas de Nova Iorque fecharam em alta, com os investidores animados pela divulgação de um índice de inflação sem surpresas, alimentando a possibilidade de cortes nos juros pelo Fed.

12/08/2025 22:40
Wall Street encerra em subida, favorecida por dados de inflação moderados

A sessão bolsista em Nova Iorque concluiu-se em alta, refletindo a divulgação de um índice de preços que não trouxe surpresas. Os índices Nasdaq e S&P 500 registaram ganhos significativos, alcançando novos máximos de 21.668,90 e 6.445,76 pontos, respectivamente, enquanto o Dow Jones Industrial Average subiu 1,10%.

De acordo com Angelo Kourkafas, da Edward Jones, "o mercado está a respirar de alívio" desde a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC), que revelou que o impacto das tarifas foi menos significativo em julho do que em junho. "A inflação subiu a uma taxa anual de 2,7%, semelhante ao mês anterior, mas foi contida pela descida dos preços do petróleo, que recuaram 9,5% em termos homólogos", acrescentou.

Durante o mês passado, o IPC sofreu uma desaceleração, encerrando em +0,2%, após um aumento de +0,3% em junho, alinhando-se com as previsões dos analistas da MarketWatch. Jose Torres, da Interactive Brokers, comentou que este relatório "reforça a ideia de que as tarifas ainda não causaram inflação significativa para os norte-americanos".

Consequentemente, a expectativa de que o Fed possa reduzir as taxas de juro em setembro ganhou força. Kourkafas menciona que "nada parece impedir esse corte", uma opinião partilhada pela maioria dos analistas, que preveem uma redução de 0,25 pontos percentuais no final do verão.

Apesar de outros dados económicos relevantes, como a inflação dos preços no produtor e as vendas a retalho, serem divulgados ainda esta semana, Kourkafas enfatizou que "o IPC de hoje é um dado crucial que os investidores aguardavam para validar ou contestar estas expectativas de cortes".

A boa disposição no mercado norte-americano também é alimentada pela prorrogação de 90 dias da trégua comercial entre Washington e Pequim.

No sector obrigacionista, os rendimentos dos títulos do governo a 10 anos mantiveram-se estáveis em relação ao dia anterior, fixando-se em 4,28%.

No âmbito empresarial, a Intel, fabricante de semicondutores, viu uma valorização de 6,62% nas suas ações, que passaram a valer 21,81 dólares. Esta subida deve-se à recente reunião entre o novo CEO da empresa, Lip-Bu Tan, e o Presidente Donald Trump, que elogiou o "incrível sucesso" do executivo.

Além disso, a Circle, responsável pela criptomoeda USDC, teve um aumento de 1,27% nas suas ações, atingindo 163,21 dólares, após reportar receitas superiores às expectativas.

#WallStreet #Inflação #CortesDeJuros