Wall Street Regista Altas Históricas com Acordos Comerciais Favoráveis
A bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão em alta, atingindo novos máximos, impulsionada por acordos comerciais entre os EUA e o Japão, com otimismo sobre negociações futuras com a UE.

A bolsa nova-iorquina teve uma sessão positiva, fechando em alta e a bater novos recordes. O S&P500 subiu 0,78%, atingindo a marca inédito de 6.358,91 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq também atingiu um pico histórico, alcançando 21.020,02 pontos, com um ganho de 0,61%. O Dow Jones Industrial Average, por sua vez, registou um avanço de 1,14%, aproximando-se do seu máximo histórico.
Os investidores mostram-se satisfeitos com os acordos comerciais recentemente estabelecidos entre os Estados Unidos e o Japão, Manila e Jacarta, o que despertou expectativas de compromissos semelhantes com a União Europeia antes da data-limite de 1 de agosto, quando entrarão em vigor tarifas alfandegárias elevadas. José Torres, da Interactive Brokers, apontou que estas negociações fortalecem a confiança em futuras acordos.
O presidente Donald Trump anunciou que o Japão irá aplicar tarifas reciprocamente de 15%, uma redução significativa em comparação com os 25% a que estaria sujeito sem o acordo. As ações das empresas automobilísticas japonesas, como a Toyota e a Honda, registaram subidas relevantes, com ganhos de 13,64% e 13,13%, respetivamente.
Outros acordos diminuíram as sobretaxas sobre os produtos provenientes das Filipinas de 20% para 19%, enquanto o negócio com a Indonésia estabelece um quadro para futuras conversas bilaterais.
Os analistas estão otimistas. Pat Donlon, da Fiduciary Trust Company, comentou que a possibilidade de a União Europeia adotar uma tarifa de 15% nas alfândegas anima os investidores. O chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou que ações nas discussões entre Washington e Bruxelas estão a ser preparadas, com Trump a prometer que um acordo com a Europa poderia ser alcançado rapidamente.
Além disso, uma nova ronda de negociações entre os EUA e a China está agendada para a próxima semana, o que poderá influenciar ainda mais as movimentações de mercado.
No que toca aos resultados trimestrais das empresas do S&P500, Pat Donlon afirmou que até agora não surgiram resultados preocupantes, o que tem contribuído para a valorização das ações. No setor das grandes capitalizações, as empresas estão confiantes em conseguir suportar as atuais tarifas e ajustar as suas cadeias de fornecimento.
Por fim, os resultados das empresas de bens de consumo serão cruciais para observar os impactos das tarifas, especialmente devido à deslocalização da produção para a Ásia, segundo Donlon.