Acusado de homicídio de congressista e marido no Minnesota declara-se não culpado
O homem implicado no assassinato da líder democrata em Minnesota e do seu cônjuge, bem como na lesão de um senador e sua esposa, afirmou-se inocente em tribunal federal.
No passado dia 15 de julho, Vance Boelter, de 58 anos, natural do Minnesota, enfrentou acusações de homicídio, perseguição e posse ilegal de arma de fogo. Este caso está ligado a um incidente trágico ocorrido em junho, onde, segundo os procuradores, Boelter teria cometido os crimes que resultaram na morte de Melissa Hortman e do seu marido, Mark.
As acusações que pesam sobre ele incluem graves penas, podendo até chegar à pena de morte, embora os procuradores tenham indicado que a decisão sobre isso poderá prolongar-se por meses. O julgamento ainda não tem data marcada.
Na audiência realizada, um dos advogados de Boelter apresentou em tribunal a sua declaração de inocência, embora o próprio arguido apenas tenha confirmado a sua compreensão das acusações. As autoridades salientaram que Boelter teria escrito uma carta ao diretor do FBI, confessando o crime, mas sem explicar as razões que o levaram a atacar a família Hortman, bem como o senador John Hoffman e a sua mulher, que conseguiram escapar.
O tribunal, presidido pela juíza Dulce Foster, programou uma conferência para gerenciar o caso, admitindo a sua complexidade e adiando a exigência de um julgamento rápido. Os procuradores caracterizaram o caso como de grande envergadura, dado que envolve vasta documentação e horas de filmagens, com mais de uma dúzia de agências policiais a participarem nas investigações.
Boelter, descrito pelos amigos como um cristão evangélico com visões conservadoras, terá elaborado listas de políticos como possíveis alvos. Em mensagens dirigidas ao jornal The New York Times, Boelter comunicou que as suas ações poderiam ter raízes em crenças religiosas, enquanto que, em declarações anteriores, dissipou qualquer ligação entre o ato criminoso e suas posições políticas.
As autoridades afirmaram que, disfarçado de polícia e utilizando um veículo de patrulha falso, Boelter terá atacado o senador e a sua esposa antes de se dirigir à residência da família Hortman, onde consumou os homicídios. Após os crimes, Boelter entregou-se às autoridades no dia seguinte.