Almada reafirma compromisso com a inclusão: "A voz de todos é fundamental"
Inês de Medeiros, nova presidente da Câmara de Almada, sublinha a importância da dignidade e inclusão em sua cerimónia de posse, prometendo continuar a construção de um futuro para todos.
 
          
          
        A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, destacou na cerimónia de instalação dos novos órgãos municipais que não há lugar para discriminação, ódio ou intolerância na cidade. “Todos têm voz, todos têm lugar e todos devem ser tratados com dignidade”, afirmou, reiterando o seu propósito de tornar Almada uma cidade próspera e inclusiva, onde "cada pessoa conta e ninguém é português ou almadense de segunda classe."
Inês de Medeiros, membro do partido socialista, obteve 29,10% dos votos nas eleições autárquicas de 12 de outubro, garantindo quatro mandatos, um a menos do que em 2021. Em seu discurso de posse, que ocorreu na noite de sexta-feira, a presidente sublinhou que a população de Almada expressou o desejo de continuar o percurso iniciado há oito anos.
"Este é um dia de gratidão e responsabilidade, onde reafirmamos o nosso compromisso com o futuro de Almada, com um trabalho sério, transparente e inclusivo", declarou, acrescentando que a vitória pertence a todos. Segundo Inês, este novo mandato representa "uma fase de continuidade e rigor, focando em trabalho concreto em vez de promessas vazias".
Para os próximos anos, a presidente comprometeu-se a revitalizar e expandir escolas, concluir centros de saúde, lutar por mais recursos do Estado, assegurar habitação pública, aumentar os apoios à renda e avançar com iniciativas de mobilidade sustentável, como o metro e a rede ciclável.
O executivo socialista é composto por Ivan Gonçalves, presidente da concelhia PS de Almada, e pelos vereadores Filipe Pacheco e Francisca Parreira. A CDU (PCP/PEV) obteve 20,61% dos votos, elegendo três vereadores, enquanto o PSD, com 19,36%, reforçou a sua presença, passando de um para dois vereadores.
O Chega, com 18,24%, entra pela primeira vez no executivo com dois representantes, Carlos Magno e Nuno Mendes. Na Assembleia Municipal, o PS foi a força mais votada, com dez deputados eleitos, seguido pela CDU e Chega, ambas com sete mandatos. O PSD obteve seis mandatos, o Bloco de Esquerda dois, e a Iniciativa Liberal um, também estreando-se na assembleia.
A cerimónia de instalação concluiu-se com a eleição da nova mesa da Assembleia Municipal, liderada por João Couvaneiro (PS) e composta por Jose Joaquim Leitão e Ana Paula Alves da Silva, ambos do PS, que foram eleitos com 18 votos a favor, 19 em branco e um nulo.