Apelo da Palestina à ONU para intervir em Gaza

Na sequência das crescentes tensões em Gaza, o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, fez um apelo urgente durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, sublinhando a necessidade de “travar o genocídio” que se está a despoletar sob a liderança do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Mansour descreveu a situação na Gaza como insuportável, afirmando que “dada a insistência de Netanyahu em prosseguir este genocídio, destruindo o nosso povo através da morte e da deslocação, anexando o nosso território, destruindo a Palestina e qualquer hipótese de paz, este Conselho deve agir”.

A reunião, convocada por alguns membros europeus do Conselho, resultou em críticas ao plano de Israel por parte de quatro membros permanentes: Rússia, China, França e Reino Unido. O Estados Unidos, por outro lado, defendeu o direito do Governo israelita de tomar decisões em prol da sua segurança.

Riyad Mansour enfatizou que a escalada da violência resultou na morte de mais de 60.000 palestinianos, a maior parte crianças e mulheres, desde o ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023, onde foram mortas cerca de 1.200 pessoas. “Devemos a essas pessoas agir agora para impedir este genocídio”, afirmou.

Enquanto isso, Netanyahu garantiu em conferência de imprensa que uma ofensiva militar em Gaza é “muito em breve” uma realidade. No entanto, o representante permanente adjunto de Israel, Jonathan Miller, afirmou que Israel “não tem planos nem vontade de ocupar Gaza de forma permanente”.

Por fim, a representante dos Estados Unidos, Dorothy Shea, denunciou que países terceiros estão a “espalhar mentiras” sobre Israel, afirmando que não está a ocorrer um genocídio na região.