Ex-primeira-dama da Coreia do Sul detida por alegações de corrupção e fraude
Kim Keon-hee, esposa do ex-presidente Yoon Suk-yeol, foi presa preventivamente devido a acusações de corrupção e violação de leis eleitorais, após a emissão de um mandado pelos procuradores.

A ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon-hee, foi detida na terça-feira, algumas horas após os procuradores terem divulgado a emissão de um mandado de detenção contra ela, mulher do ex-presidente Yoon Suk-yeol. Este mandado foi emitido devido ao receio de que provas relacionadas ao caso pudessem ser destruídas, segundo a agência de notícias Yonhap.
Com 52 anos, Kim é acusada de ter inflacionado o valor das ações de uma empresa ligada ao comércio automóvel entre 2009 e 2012. Adicionalmente, é também imputada a aceitação de presentes luxuosos durante o tempo em que exercia funções como primeira-dama, uma ação que contraria as normas anticorrupção no país.
Na semana passada, Kim foi interrogada pelos procuradores, tendo-se desculpado e afirmado a sua disposição para cooperar com a investigação em curso. Além dos delitos mencionados, é ainda acusada de interferir no processo de nomeação de candidatos do Partido do Poder Popular (PPP), o partido de Yoon, o que contraria a legislação eleitoral vigente.
Com a detenção de Kim, ambos os ex-membros do casal presidencial encontram-se agora atrás das grades, uma situação sem precedentes na história da Coreia do Sul. O ex-presidente Yoon Suk-yeol, que perdeu a sua posição em abril, já se encontra detido desde junho após ter sido acusado de insurreição por ter imposto brevemente uma lei marcial no país, o que resultou em uma crise política prolongada. O seu sucessor é Lee Jae-myung, um político de centro-esquerda.