Política

Chega propõe aumento permanente das pensões e busca consenso na Assembleia

Em conferência, André Ventura defendeu um aumento de 1,5% nas pensões, demonstrando abertura para uma proposta consensual entre partidos, enquanto alerta para a necessidade de estabilidade orçamental.

No âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, o líder do Chega, André Ventura, apresentou, durante uma conferência de imprensa realizada na sede do partido em Lisboa, uma proposta para um aumento permanente das pensões na ordem de 1,5%. Ventura destacou, contudo, que a implementação dessa medida deve respeitar a estabilidade orçamental do país.

“O Chega está disponível para considerar qualquer proposta que resulte em aumentos reais e estruturais das pensões, desde que não comprometa a sustentabilidade do sistema. É fácil prometer aumentos exagerados, mas isso levaria a um colapso imediato”, afirmou.

Quando questionado sobre a eventual viabilização de uma proposta do Partido Socialista (PS) para o aumento das pensões, Ventura respondeu que busca um entendimento mais amplo entre todas as forças políticas, rejeitando favorecer apenas as ideias dos socialistas. “Queremos construir um consenso nacional sobre o aumento das pensões em Portugal”, sublinhou, referindo que o Chega avaliará propostas já apresentadas por outros partidos na área das pensões.

Sobre a proposta do PS, que sugere utilizar um excedente orçamental da Segurança Social para aumentar as pensões mais baixas de forma permanente, Ventura criticou a visão do partido sobre o equilíbrio financeiro, acusando-os de querer apresentar um défice “maquilhado”.

Na discussão do Orçamento de 2025, foi então aprovado um aumento adicional das pensões em 1,25 pontos percentuais, uma medida que foi bem recebida pelo PS, mas que levou à abstenção do Chega e ao voto contra do PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal.

A par da proposta para as pensões, o Chega preparou cerca de 600 alterações ao Orçamento, incluindo um aumento das deduções fiscais de despesas com habitação para 800 euros e um apoio à renda que supere os subsídios destinados a asilados em Portugal.

André Ventura declarou também que o partido se empenhará em assegurar que a redução da taxa de IRC seja genuína, sem que o Estado compense a diminuição através de aumentos em outros impostos que afetem as empresas, como as taxas ambientais.

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