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Crise dos semicondutores afeta a indústria automóvel; Honda suspende atividade no México

A escassez de 'chips' da Nexperia gera preocupações entre os construtores, levando a Honda a interromper a produção no México e a rever operações na América do Norte.

A crise relacionada com os semicondutores, intensificada pelos problemas na Nexperia, continua a causar inquietação entre os fabricantes de automóveis. A Honda, por exemplo, viu-se obrigada a suspender temporariamente a sua produção numa das fábricas localizadas no México, dando um sinal claro da gravidade da situação.

De acordo com informações da Reuters, a paragem da linha de montagem ocorreu na terça-feira, dia 28 de outubro. Além disso, a empresa japonesa está a realizar ajustes na produção nas suas operações no Canadá e nos Estados Unidos, numa tentativa de minimizar o impacto negativo desta escassez.

A Nissan, por outro lado, ainda assegura a disponibilidade de 'chips' para a próxima semana. A fábrica da Volkswagen Autoeuropa, situada em Palmela, Portugal, aparenta estar em uma situação similar.

Diante desse cenário, diversos construtores estão a averiguar a disponibilidade de 'stocks' por parte dos seus fornecedores, uma vez que os semicondutores são fundamentais na fabricação de veículos novos e na eletrónica em geral. O diretor-executivo da Mercedes-Benz, Olla Kallenius, indicou que alternativas estão a ser consideradas para contornar as dificuldades atuais.

Mas como se originou esta crise? O ponto de partida remonta a setembro, quando o governo dos Países Baixos decidiu assumir o controlo da Nexperia, que, apesar de ter sede na Holanda, pertence à empresa chinesa Wingtech. Este movimento governamental suscitou receios sobre a gestão da companhia e o potencial desvio de tecnologia europeia para a China.

Em resposta a estas ações, Pequim implementou restrições às exportações da Nexperia China para as suas subcontratadas, o que está a desencadear as atuais perturbações no fornecimento.

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