Deputado australiano condenado por violação recusa abandonar cargo no parlamento

Gareth Ward, um deputado australiano, está a travar uma batalha legal para permanecer como membro do parlamento do estado de Nova Gales do Sul, mesmo após ser acusado de violação.

As acusações surgiram no mês passado, com Ward a ser acusado de abusos sexuais sobre dois jovens, de 18 e 24 anos, entre 2013 e 2015, conforme noticiado pela BBC.

A pressão sobre Ward aumentou quando o parlamento decidiu expulsá-lo, especialmente após a sua recusa em renunciar de forma voluntária ao cargo. Os advogados do deputado, que ainda pretende apelar da sua condenação, planeiam recorrer ao Tribunal Superior para tentar impedir a sua destituição.

O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul expressou sua consternação, sublinhando que é inaceitável que alguém preso por crimes sexuais graves continue a receber o seu salário enquanto exerce funções parlamentares. “Ele não demonstra qualquer remorso e deveria ter a humildade de resignar”, afirmou.

O líder da oposição, Mark Speakman, também se fez ouvir, criticando Ward por continuar a ocupar o cargo enquanto está encarcerado. “É ofensivo ter um deputado a exercer funções a partir de uma cela, enquanto os cidadãos de Kiama ficam sem representação”, declarou Speakman.

Importa mencionar que Ward já tinha renunciado ao seu cargo de ministro e ao Partido Liberal em 2021, quando as acusações foram feitas, mas decidiu concorrer novamente e foi reeleito como deputado por Kiama em 2023.