Governo investe 16 milhões em kits de combate a incêndios para C-130
O ministro da Defesa revelou que o Estado vai adquirir dois kits de combate a incêndios para as aeronaves C-130, visando uma resposta mais eficaz a incêndios florestais.

Hoje, no âmbito de uma cerimónia realizada no Ministério da Defesa Nacional, o ministro Nuno Melo anunciou a decisão do Governo em adquirir dois modernos kits de combate a incêndios florestais, com um custo estimado de 16 milhões de euros, para equipar as aeronaves C-130 da Força Aérea.
O ministro indicou que a aprovação do Conselho de Ministros permitirá a operacionalização destas aeronaves com a "maior brevidade", ainda que não possam ser utilizadas este ano, uma vez que são necessários procedimentos para a instalação dos kits e formação das equipas para as novas missões.
"Estes kits, quando instalados nos C-130, permitirão aos aviões transportar até 12 toneladas de água com descargas muito mais significativas do que os helicópteros, constituindo, assim, um importante complemento na luta contra fogos", afirmou Melo.
O responsável acrescentou que Portugal dispõe, para combate a incêndios, de nove helicópteros Black Hawk, cuja entrada em operação está agendada para 2026, e que também se espera a entrega de dois bombardeiros Canadair em 2030.
Em resposta a uma reportagem do jornal Público, que relatava a possibilidade de utilização de 10 aeronaves da Força Aérea, incluindo três KC-390 e sete helicópteros Koala, na luta contra incêndios, Melo esclareceu que esses aparelhos não são adequados para tal, pois os kits que adaptam essas aeronaves para o combate aos incêndios não foram adquiridos, e essas aeronaves possuem funções diferentes.
Relativamente aos helicópteros Koala, o ministro sublinhou que estes estão efetivamente ativos no combate a incêndios, realizando operações de transporte de operacionais, e que é impreciso afirmar que não estão a ser utilizados.