Hungria acredita num mundo mais seguro após encontro entre Trump e Putin
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, elogia a cimeira no Alasca entre Trump e Putin, afirmando que o mundo está mais seguro, apesar da falta de acordo sobre a Ucrânia.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, manifestou hoje a sua convicção de que o mundo é um lugar mais seguro após a cimeira realizada no Alasca entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin. O encontro, que teve lugar na cidade de Anchorage, procurou soluções para a crise desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
"Durante anos, observamos as duas principais potências nucleares afastarem-se da cooperação e trocarem mensagens de desconfiança. Isso foi ultrapassado", frisou Orbán nas redes sociais.
Embora a reunião tenha durado quase três horas, os líderes não chegaram a um consenso sobre um cessar-fogo na Ucrânia, um dos objetivos de Trump. Contudo, o presidente norte-americano descreveu o encontro como "extremamente produtivo", mencionando que "muitos pontos foram discutidos", ainda que algumas questões continuem sem resolução.
Putin, por sua vez, sublinhou a relevância da transição de um estado de confronto para um diálogo construtivo, revelando ter estabelecido um "muito bom contacto direto" com Trump.
Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou o seu apoio à proposta de uma cimeira trilateral entre os dois líderes e anunciou que viajará até Washington na próxima segunda-feira para debater "todos os detalhes" do possível processo.
A Hungria, que se destacou na União Europeia (UE) e na NATO pela sua recusa em enviar assistência militar à Ucrânia, defende a busca de um acordo de paz, mesmo que isso implique cedências territoriais para o país invadido. Orbán frequentemente critica a UE e seus membros por apoiarem militarmente a Ucrânia.
Antes da cimeira, a Hungria optou por não assinar uma declaração de apoio à Ucrânia proposta pelos Estados-membros da UE, argumentando que esta impunha condições que excluíam o seu envolvimento nas negociações.