Política

IL defende que reconhecimento da Palestina deve ser feito em conjunto com outros países

A Iniciativa Liberal reforçou que o reconhecimento da Palestina deve ocorrer de forma multilateral, sublinhando que um ato unipessoal de Portugal teria pouco impacto.

31/07/2025 17:55
IL defende que reconhecimento da Palestina deve ser feito em conjunto com outros países

A Iniciativa Liberal (IL) enfatizou, durante uma declaração à Lusa, que o reconhecimento do Estado da Palestina deve ser um esforço multilateral. O deputado e vice-presidente do parlamento, Rodrigo Saraiva, afirmou que "um reconhecimento unilateral por parte de Portugal não teria relevância", realçando a continuidade da posição de Lisboa em relação ao conflito israelo-palestiniano, que se mantém em alinhamento com as anteriores administrações.

Saraiva explicou que para que este reconhecimento seja politicamente significativo, deve ocorrer no âmbito de uma abordagem conjunta, especialmente a nível europeu. "Estamos a assistir a uma movimentação em que, em setembro, um conjunto alargado de países poderá reconhecer a Palestina de forma coletiva, e Portugal está pronto para participar nesse processo", afirmou.

O deputado frisou que é crucial entender que este reconhecimento não irá, por si só, levar à criação instantânea do Estado palestiniano, uma vez que ainda há muitos desafios a serem superados. "Para que haja um Estado da Palestina efetivo, é necessário pôr fim ao conflito, incluindo o desarmamento do Hamas, para assim permitir o estabelecimento de instituições e a realização de eleições", explicou.

Ele também sublinhou que este movimento não é exclusivo de países ocidentais, mencionando a pressão crescente de nações árabes, como Qatar, Arábia Saudita e Egito, para o Hamas deixar Gaza e cessar a guerra. Estas ações são vistas como fundamentais para libertar o povo palestiniano de uma organização considerada terrorista.

Num contexto mais amplo, Rodrigo Saraiva questionou se o governo de Luís Montenegro tem estado no bom caminho, defendendo que "Portugal tem feito progressos", com alinhamentos tanto com o executivo atual como com os anteriores que refletem interesses liberais. Ele reiterou a necessidade de um esforço diplomático conjunto, destacando que "o reconhecimento da Palestina não pode ser um ato isolado".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, comunicou hoje que irá reunir-se com o Presidente da República e com os partidos com representação parlamentar para discutir a possibilidade de reconhecer o Estado palestiniano na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro em Nova Iorque.

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