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Indústria Tecnológica Alcança Recorde de 151 Milhões em Lóbi na UE

Este ano, as empresas do sector tecnológico vão investir 151 milhões de euros em lóbi na União Europeia, com destaque para Meta, Microsoft e Apple nos maiores gastos.

As empresas do sector tecnológico estão prestes a gastar um valor sem precedentes, estimado em 151 milhões de euros, em actividades de lóbi junto das instituições da União Europeia. Este dado foi divulgado por uma análise do Observatório Europeu das Empresas e da organização alemã LobbyControl, que se dedica a promover a transparência no lóbi empresarial.

A análise revela que os investimentos em lóbi por parte da indústria aumentaram 33,6% em relação a 2023 e 55,6% face a 2021, algo que demonstra o crescente poder de influência destas empresas nas políticas europeias. Com esta realidade, as grandes tecnológicas reforçam a sua posição sobre questões fundamentais que moldam a sociedade, desde a informação que consumimos até à infraestrutura digital crítica.

Do total despendido, 10 empresas destacam-se com 49 milhões de euros, representando quase um terço do total. A Meta lidera, com 10 milhões de euros, seguida pela Microsoft, Apple e Amazon com 7 milhões de euros cada. O Google e a Qualcomm gastam 4,5 milhões, enquanto a DIGITALEUROPE investe 3 milhões, e a Samsung, Intel e Telefónica desembolsam 2 milhões cada.

A Meta, a Microsoft e a Amazon elevaram significativamente os seus orçamentos em 4,3 milhões, 2 milhões e 2 milhões de euros, respectivamente. O número de lobistas digitais a tempo inteiro também cresceu, passando de 699 para 890, número que supera os 720 membros do Parlamento Europeu.

No primeiro semestre de 2025, as grandes empresas realizaram em média três reuniões de lóbi diariamente. Destaca-se que, desde agosto de 2024, a UE se tornou a primeira região a estabelecer regras rigorosas para plataformas digitais, obrigando-as a eliminar conteúdos ilegais e nocivos de acordo com a nova Lei dos Serviços Digitais.

Esta legislação visa proteger os direitos dos utilizadores online, responsabilizando as plataformas por conteúdos prejudiciais, como a desinformação. Desde novembro de 2022, também está em vigor a nova Lei dos Mercados Digitais, que impõe restrições específicas às grandes tecnológicas consideradas 'gatekeepers'. As empresas que violarem estas regras podem enfrentar multas significativas.

Atualmente, a UE está a investigar várias empresas tecnológicas em relação ao cumprimento destas novas legislações.

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