Instituto do Sangue defende campanha e responde a críticas

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) manifestou o seu desagrado face às críticas feitas pela Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (Fepodabes), liderada por Alberto Mota. Este último questionou a campanha intitulada "Dá o Braço por uma causa importante", que incentiva a dádiva de sangue entre jovens de 18 a 30 anos através da oferta de estadias nas Pousadas da Juventude.

Em comunicado, o IPST sublinhou que a sua intenção é promover a dádiva de sangue, especialmente em regiões carenciadas como a Grande Lisboa e o Algarve, onde existe uma maior necessidade de doações. O instituto destacou ainda o prolongamento do horário de atendimento aos dadores até às 21:00 nos centros de Lisboa, uma medida que visa facilitar a participação dos voluntários.

"As afirmações da Fepodabes não refletem o verdadeiro espírito de colaboração que existe entre o IPST e diversas organizações de dadores, que trabalham em conjunto para assegurar o sucesso das colheitas de sangue", afirmou o IPST. A campanha em parceria com a Movijovem, que coincidiu com as celebrações do Dia Mundial da Juventude, é vista como uma forma de envolver a juventude na causa da dádiva.

O instituto argumentou que as críticas em torno dos incentivos materiais são infundadas, reafirmando o seu compromisso com a dádiva altruísta. "Não compreendemos o argumento que defende que os dadores regulares não são reconhecidos, uma vez que estamos a seguir diretrizes europeias que garantem a segurança dos componentes sanguíneos", frisou.

O IPST realçou que, com campanhas como esta, se consegue não só manter, mas também estabilizar as reservas de sangue necessárias para atender os cerca de 1.100 doentes que diariamente necessitam de transfusões nos hospitais portugueses.

O instituto agradeceu ainda a todos os dadores pela sua generosidade e pela contribuição vital que oferecem, permitindo que os doentes tenham acesso aos tratamentos de que necessitam.