Economia

Investimento em Certificados de Aforro Atinge Máximos Históricos Desde 1998

O investimento em certificados de aforro subiu para 37.817 milhões de euros em junho, marcando um aumento homólogo de 11,4%. Este é o valor mais elevado desde 1998, segundo o Banco de Portugal.

há 7 horas
Investimento em Certificados de Aforro Atinge Máximos Históricos Desde 1998

Em junho, o montante aplicado em certificados de aforro (CA) registou uma subida significativa, alcançando 37.817 milhões de euros, o que representa um impressionante aumento homólogo de 11,4%, conforme dados recentes do Banco de Portugal (BdP).

Este valor é o mais elevado desde que a série foi iniciada em dezembro de 1998 e reflete um crescimento acelerado face ao aumento de 10,4% observado em maio. Em termos nominais, o stock de CA cresceu 3.857 milhões de euros em comparação com junho do ano anterior e aumentou 319 milhões de euros em relação ao mês anterior.

Trata-se do nono mês consecutivo em que o valor total dos certificados de aforro sobe. Embora tenha havido uma forte procura, especialmente devido à ascensão das taxas Euribor, o interesse começou a desvanecer após a introdução da 'série F' de certificados, que oferece uma taxa de juro inferior à anterior 'série E' em junho do ano passado.

Ainda assim, muitos investidores optaram por esta forma de investimento, compensando assim a redução no investimento em certificados do tesouro (CT), que caíram para 8.817 milhões de euros, representando uma diminuição de 155 milhões de euros em relação ao mês anterior (-1,7%) e uma queda de 14,6% (-1.508 milhões de euros) comparado ao ano passado.

Os CT atingiram o seu valor mais baixo desde março de 2016, após uma descida contínua desde outubro de 2021, quando o montante se situava em 17.865 milhões de euros. Em termos de emissões, o total de novos CT em maio foi apenas de sete milhões de euros, enquanto os resgates atingiram 162 milhões de euros.

Previously, o valor de investimento mais baixo em CA foi registado em novembro de 2012, durante o plano de resgate de Portugal, com apenas 9,7 mil milhões de euros em certificados.

De acordo com os dados do BdP, a dívida direta do Estado aumentou 5,48% em termos homólogos, totalizando 307.482 milhões de euros, com uma subida de 2.316 milhões de euros em comparação com o mês anterior.

Relativamente a outros instrumentos de dívida, as obrigações do tesouro (OT) cresceram 8,3% para 177.680 milhões de euros, enquanto os bilhetes do tesouro (BT) decresceram 7,6%, estabelecendo-se em 10.859 milhões de euros. Em termos mensais, as OT registaram um aumento de 1.494 milhões de euros durante junho, e os BT um crescimento de 750 milhões de euros.

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