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"Iraque exige reconhecimento internacional do genocídio contra os yazidis"

No 11.º aniversário do massacre, o Iraque solicita que a comunidade internacional classifique os atos do Estado Islâmico contra os yazidis como genocídio e escravidão.

há 4 horas
"Iraque exige reconhecimento internacional do genocídio contra os yazidis"

Hoje, no 11.º aniversário do massacre da comunidade yazidi no norte do Iraque, o governo iraquiano fez um apelo à comunidade internacional para que reconheça os crimes perpetrados pelo Estado Islâmico como genocídio e escravidão. Através de um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Iraque instou os países a "classificarem os atos desta natureza como crimes de genocídio" e a "aumentarem os esforços colaborativos com os organismos internacionais para prevenir a repetição de tais atrocidades no futuro".

A comunidade yazidi, uma minoria religiosa com raízes antigas, foi alvo de uma perseguição implacável em 2014, quando o Estado Islâmico lançou uma campanha brutal que culminou na morte de aproximadamente 5.000 homens, enquanto cerca de 7.000 mulheres e crianças foram sequestradas, forçando mais de 300.000 pessoas a abandonarem as suas casas na região de Sinyar.

Dados oficiais indicam que cerca de 3.500 das vítimas sequestradas conseguiram ser resgatadas, mas o destino dos restantes permanece envolto em incerteza.

O Ministério expressou "profunda solidariedade para com as vítimas e suas famílias", enfatizando a urgência de reconhecimento internacional destas atrocidades como genocídio, violência sistemática e escravidão. "Neste dia que assinala a tragédia da comunidade yazidi e de outras comunidades do nosso querido povo, perpetrada pelas forças terroristas do Estado Islâmico, o Ministério recorda com enorme pesar os crimes hediondos cometidos contra inocentes", destaca a nota.

O Estado Islâmico, que ocupou vastas áreas do norte, leste e centro do Iraque entre 2014 e dezembro de 2017, foi responsável pelo sequestro e escravização de milhares de mulheres e meninas yezidis, deixando uma marca indelével na história do país.

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