Lucros da Cellnex recuperam-se com redução drástica de prejuízos no primeiro semestre
A Cellnex reporta uma significativa diminuição de 72,5% nos prejuízos, alcançando 115 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2025, reforçando a sua saúde financeira.

A Cellnex, especializada na gestão de infraestruturas de telecomunicações, registou uma notável queda de 72,5% nos seus prejuízos no primeiro semestre de 2025, totalizando 115 milhões de euros, em comparação com o período homólogo do ano anterior.
O EBITDA consolidado, que reflete o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações, alcançou 1.605 milhões de euros, representando um incremento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2024, conforme comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores de Espanha.
Ao concluir o primeiro semestre, a dívida bancária líquida da empresa situava-se em 17.100 milhões de euros, com 78% deste valor correspondendo a dívidas a taxa fixa.
Marco Patuano, CEO da Cellnex, destacou que os resultados "consolidam a trajetória de crescimento orgânico" da empresa. Em junho, a Cellnex distribuiu um dividendo total de 11,82 milhões de euros, equivalente a 0,0167 euros por ação.
A empresa tem vindo a reforçar a sua estrutura de capital através da emissão de dívida a longo prazo e do refinanciamento de uma linha de crédito sindicada, o que contribui para uma melhoria significativa da sua liquidez e flexibilidade financeira.
Nos últimos trimestres, a Cellnex tem focado na otimização do seu portfólio, destacando-se o desinvestimento nas atividades na Irlanda, concluído em fevereiro por 971 milhões de euros, e na Áustria, encerrado em dezembro por 803 milhões de euros.
Com sede em Espanha, a Cellnex opera atualmente em 10 países europeus, incluindo Portugal, onde entrou em 2020 com a compra das torres móveis da Altice Portugal, e posteriormente alargou a sua presença com a aquisição das antenas da NOS. A empresa conta com um portfólio de aproximadamente 110 mil torres, prestando suporte a cerca de 250 milhões de pessoas nos mercados em que atua, incluindo Dinamarca, França, Polónia e Países Baixos.