Multidões unidas em protesto contra a guerra em Gaza
Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Telavive e outras cidades pelo término do conflito em Gaza, exigindo a libertação dos reféns e denunciando a crise humanitária que assola o território.

Milhares de cidadãos tomaram as ruas hoje em Telavive e em várias cidades internacionais, clamando pelo fim da guerra em Gaza. Este movimento surge após a recente decisão do governo israelita de tomar a Cidade de Gaza.
De acordo com a agência AFP, os manifestantes em Telavive seguravam cartazes que pediam a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas em território palestiniano, solicitando ao governo israelita que tomasse medidas neste sentido.
Em Santiago, no Chile, a manifestação foi igualmente expressiva, com milhares de pessoas desfilando para exigir o fim das mortes por fome na Faixa de Gaza, um local devastado pela ofensiva militar israelita e que enfrenta enormes dificuldades para receber ajuda humanitária.
Apesar das baixas temperaturas na capital chilena, os manifestantes marcaram presença numa ação conhecida como "marcha das panelas vazias", simbolizando a grave crise alimentar enfrentada no enclave palestiniano, conforme noticiado pela Efe.
Cartazes como "O seu silêncio torna-o cúmplice. Chega de genocídio" ou "As crianças de Gaza estão à nossa espera" coloriram as ruas de Santiago com as cores da bandeira palestiniana, criando um cenário de solidariedade ao povo da região.
Relatos de organizações internacionais e autoridades palestinianas indicam que o conflito na Faixa de Gaza já provocou mais de 61.000 mortes devido a ações do exército israelita, além de aproximadamente 200 óbitos recentes por fome.
Em Istambul, dezenas de milhares de turcos também se juntaram a uma marcha pedindo o fim da ocupação israelita, com eventos semelhantes a ocorrer em várias capitais europeias como Londres, Paris e Madrid.
A marcha na Turquia foi organizada por grupos humanitários, muitos de orientação islâmica, que entoaram cânticos como "Israel, assassinos, saiam da Palestina" e "Os assassinos sionistas pagarão pelos seus crimes." Entre os presentes, destacaram-se figuras como Ali Erbas, representando a autoridade religiosa turca, e Bilal Erdogan, filho do Presidente Recep Tayyip Erdogan. A Turquia manifestou uma forte condenação às intenções de Israel de ocupar militarmente a Faixa de Gaza, apelando à ONU para intervir e criar uma resolução que ponha fim ao conflito.