Novas Detenções em Protestos por Cessação de Conflito em Israel
Durante uma greve nacional, a polícia israelita deteve 25 manifestantes em protestos que exigem um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza.

A polícia de Israel fez, esta segunda-feira, 25 detenções durante protestos que se intensificaram em resposta a uma greve nacional, os quais pedem um cessar-fogo imediato e a libertação de reféns mantidos em Gaza.
A pressão aumentou ao longo do dia, com a greve a causar um considerável congestionamento no trânsito e a forçar o encerramento de várias empresas, de acordo com a agência Associated Press (AP).
Apesar de a maioria das manifestações terem sido pacíficas, as autoridades admitiram algumas exceções e reafirmaram o seu compromisso em agir "com determinação contra qualquer violação da lei que comprometa a ordem pública".
As detenções coincidem com o encerramento, por solidariedade com os reféns, de empresas, teatros e restaurantes, enquanto os líderes israelitas estão a elaborar uma nova ofensiva na cidade de Gaza.
O Fórum de Famílias e Desaparecidos - a principal associação de familiares de reféns - juntamente com setores da oposição, do empresariado e de sindicatos, convocou uma greve de solidariedade para este domingo.
As autoridades de segurança de Israel revelaram que foram mobilizados "milhares de polícias e soldados da Força de Segurança da Fronteira em todo o país, reiterando que não tolerariam perturbações da ordem pública".
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, descreveu a paralisação como "uma campanha prejudicial que favorece o Hamas, comprometendo a segurança e o futuro de Israel".
Até ao momento, 49 dos 251 reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro ainda estão em Gaza, sendo que 27 já foram confirmados como mortos, de acordo com informações do exército israelita.
O ataque de 7 de outubro resultou na morte de aproximadamente 1.219 israelitas, a maioria civis, segundo dados da Agência France-Presse (AFP). Além disso, a operação em Gaza já causou a morte de 61.897 pessoas, maioritariamente civis, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, informação que foi validada pela Organização das Nações Unidas (ONU).