Política

Oposição responsável: PS absteve-se em Orçamento e defende estabilidade

José Luís Carneiro, líder do PS, afirmou que a abstenção do partido no Orçamento de 2026 visa garantir a estabilidade do país, destacando a responsabilidade do partido em defender valores como igualdade e liberdade.

No âmbito da recente votação do Orçamento do Estado para 2026, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, afirmou esta quarta-feira que a abstenção do seu partido reflete uma posição de "oposição firme, mas responsável". O objetivo, segundo Carneiro, é garantir a estabilidade do país num momento crítico.

Durante a sua participação na Grande Entrevista da RTP Notícias, Carneiro esclareceu que o PS apresenta-se como uma alternativa política ao governo em exercício, enfatizando a sua busca pela compatibilização de duas dimensões fundamentais: a igualdade e a liberdade. "É notável o nosso compromisso com os portugueses e é com base nesses valores que nos posicionamos como uma alternativa forte ao atual Governo", declarou.

O líder socialista destacou que a abstenção do PS na votação do Orçamento foi condicionada a um conjunto de exigências claras para a execução do documento. "Não podemos aceitar que o Orçamento sirva de suporte para a alteração de questões essenciais ao bem-estar social", explicou, referindo-se explicitamente à proteção das leis laborais, da saúde e da Segurança Social.

Questionado sobre o caráter do Orçamento, Carneiro foi direto: "Não consideramos que este seja um bom orçamento". No entanto, reconheceu a necessidade de estabilidade para a implementação de compromissos internacionais e para responder a áreas fundamentais como a habitação e a saúde.

O PS, ao abster-se, acredita que está a agir em consonância com os desejos da população, evitando a instabilidade política que poderia resultar numa crise desnecessária. "Os cidadãos não desejam eleições agora. Querem que o Governo cumpre os compromissos que assumiu", sustentou.

Por fim, Carneiro reforçou que o primeiro-ministro terá agora um ano para demonstrar a sua capacidade de execução da agenda governativa. O orçamento foi aprovado na sua generalidade na terça-feira, com votos favoráveis do PSD e CDS, enquanto o PS optou pela abstenção. Os partidos Chega, Iniciativa Liberal, Livre, PCP e Bloco de Esquerda manifestaram-se contra.

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