Queda nas exportações de terras raras da China provoca inquietação no mercado
As vendas de terras raras pela China registaram um declínio de 23% entre junho e julho, após um aumento significativo. Este cenário levanta preocupações sobre o impacto nas indústrias globais.
A China viu suas exportações de terras raras cair cerca de 23% entre os meses de junho e julho, conforme indicado pelos dados da Administração Geral das Alfândegas da China. Em julho, o volume total de terras raras exportadas pelo país asiático foi 22,58% inferior ao de junho. Contudo, em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 21,42% nas vendas.
Nos primeiros sete meses de 2024, as exportações de terras raras da China cresceram 13,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior, embora o valor total das vendas tenha diminuído 23,3%, de acordo com os relatórios da alfândega.
Desde 2 de abril, como parte das tensões comerciais com os Estados Unidos, a China implementou um novo regime de licenças que exige que as empresas estrangeiras obtenham autorização para exportar 7 dos 17 minerais classificados como terras raras — incluindo samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio — invocando preocupações de segurança nacional.
Esta nova política causou uma redução significativa nas exportações em abril (-15,56%), embora tenha sido precedida por um aumento robusto em março (+22,57%). As vendas de terras raras subiram novamente em junho (+32,02%) após um entendimento alcançado entre a China e os EUA durante negociações em Londres, onde Pequim se comprometeu a acelerar o processo de licenciamento.
As restrições nas exportações impactam profundamente setores cruciais, como a indústria automóvel e de defesa. A China processa atualmente 99% das terras raras pesadas utilizadas globalmente e detém cerca de 49% das reservas desses minerais.