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Variações na Pressão Arterial Podem Ser Sinal de Alerta para Alzheimer

Novo estudo sugere que flutuações na pressão arterial, mesmo em níveis normais, podem estar ligadas ao risco de Alzheimer, indicando necessidade de monitorização.

Um estudo recente, publicado no Journal of Alzheimer's Disease, revelou que pequenas oscilações na pressão arterial, geralmente ignoradas, podem estar associadas ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. De acordo com a investigação, variações rápidas na pressão arterial podem estar ligadas a uma deterioração nas capacidades cognitivas.

“Os nossos dados indicam que a instabilidade entre os batimentos cardíacos pode causar stress cerebral, mesmo que a pressão arterial média se mantenha em níveis normais”, afirma Daniel Nation, coautor da pesquisa.

“Essas alterações momentâneas estão ligadas a modificações cerebrais que observamos nas fases iniciais da neurodegeneração”, acrescenta o especialista.

Embora estudos anteriores tenham relatado que um aumento contínuo da pressão arterial está associado à doença de Alzheimer, esta investigação centra-se nas flutuações em períodos curtos. “Com o avançar da idade, a regulação da pressão arterial pode tornar-se menos eficaz. Este estudo sugere que as flutuações acentuadas podem indicar um envelhecimento vascular que favorece lesões cerebrais”, explica Nation.

A pesquisa, que analisou 105 indivíduos entre 55 e 89 anos, procurou estabelecer a relação entre as variações da pressão arterial e a saúde cerebral. “É importante observar a estabilidade da pressão arterial ao longo do tempo. Reduzir essas oscilações pode ser uma forma eficaz de proteger o cérebro, mesmo em pessoas cujas médias de pressão parecem normais”, conclui.

Assim, manter um nível constante de pressão arterial e um fluxo sanguíneo adequado pode ser fundamental para a preservação da saúde cerebral com o passar dos anos.

Adicionalmente, outro estudo realizado pelo German Center for Neurodegenerative Diseases (DZNE) e pela Ludwig-Maximilians-Universität München (LMU), publicado na Nature Communications, encontrou que alterações no sentido do olfato podem ser um sinal precoce da doença de Alzheimer. Através da análise de ratos, os investigadores descobriram que aqueles com Alzheimer apresentavam degeneração das fibras nervosas associadas ao olfato, antes mesmo do desenvolvimento da doença.

Extensões do estudo para humanos revelaram que os pacientes diagnosticados com Alzheimer exibem sinais semelhantes de degeneração nos bulbos olfatórios, que são cruciais para a percepção olfativa.

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