Angola investe 610 milhões de dólares em importações de combustíveis líquidos
No terceiro trimestre, Angola fez uma despesa significativa na importação de combustíveis líquidos, totalizando 709,3 milhões de dólares e refletindo um aumento considerável em relação ao trimestre anterior.
 
          
          
        Angola desembolsou um total de 709,3 milhões de dólares (equivalente a 610,4 milhões de euros) no terceiro trimestre de 2023 para a importação de 1,2 milhões de toneladas métricas de combustíveis líquidos. Este valor representa um aumento de 36% em comparação com o trimestre anterior, conforme dados divulgados pelo Governo.
Segundo o Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), cerca de 70% do combustível adquirido foi importado, enquanto o restante se distribuiu entre a Refinaria de Luanda (29%) e a uma unidade da Cabgoc em Cabinda (1%). O gasóleo destacou-se como o produto mais importado, totalizando 61%, seguido pela gasolina, com 25,94%.
O diretor-geral adjunto do IRDP, António Feijó, observou que o aumento nas importações de gasóleo se deve a uma maior necessidade deste derivado. Ele antecipa que a tendência de importação para o último trimestre será similar à do terceiro trimestre. Além disso, António Feijó sublinhou que a recém-inaugurada Refinaria de Cabinda, apesar de ainda estar em processo de arranque, deverá contribuir para uma redução nas importações de gasóleo, prevendo uma queda de 12% no volume importado quando estiver plenamente funcional.
Atualmente, Angola conta com uma capacidade de armazenamento de combustíveis líquidos em terra de 675.968 metros cúbicos. Relativamente à rede de abastecimento, no final do terceiro trimestre, existiam 1.204 postos, dos quais apenas 920 estavam operacionais, com a Sonangol Distribuição e Comercialização dominando o mercado com 34,2% da quota total.
Em termos de volume de vendas de combustíveis líquidos, a Sonangol liderou com 62,3%, seguida pela Pumangol com 20% e outras marcas como a Sonangalp e a Total Energies Marketing Angola, que tiveram quotas respeitivas de 8,6% e 7,2%.
No segmento de combustíveis gasosos, notou-se que, neste trimestre, não houve importações de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL); as 158.555 toneladas métricas disponíveis no mercado interno foram produzidas pela Fábrica Angola LNG (56%) e outras fontes.
A aquisição de gás de cozinha (GPL) aumentou cerca de 28% em relação ao trimestre anterior, com a Sonangol Gás e Energias Renováveis a dominar as vendas com 77,7% de quota.
Adicionalmente, o mercado de lubrificantes apresentou um volume de aproximadamente oito mil toneladas métricas comercializadas, representando uma redução de cerca de 17% face ao trimestre anterior. A Chinangol foi a líder nas vendas, com uma quota de 9,8%.