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Avanços promissores no combate ao cancro do pâncreas

Investigação do Johns Hopkins Kimmel Cancer Center revela resultados animadores na luta contra o cancro do pâncreas, com taxas de recorrência surpreendentemente baixas. Conheça os sintomas a ter em atenção.

Na recente conferência anual da American Society for Radiation Oncology, um estudo inovador realizado pelo Johns Hopkins Kimmel Cancer Center trouxe esperança na luta contra o cancro do pâncreas. A investigação demonstrou a eficácia da radioterapia intraoperatória durante cirurgias, que se traduz numa significativa redução da disseminação da doença.

Os resultados, baseados em 20 pacientes, revelaram uma taxa de recorrência de apenas 5% nas áreas operadas, a mais baixa registada em procedimentos deste tipo. Os participantes foram inicialmente submetidos a quimioterapia e radioterapia para reduzir os tumores antes das intervenções cirúrgicas. Durante a cirurgia, foi administrada uma dose adicional de radioterapia direcionada, e apenas um paciente apresentou recorrência de cancro nos 24 meses seguintes.

"A combinação de radioterapia intraoperatória dirigida ao triângulo de Baltimore, uma região crítica acima do pâncreas, permitiu-nos alcançar uma taxa de recorrência de 5%, a qual consideramos a mais baixa até agora para pacientes com cancro do pâncreas. Estou confiante de que, em estudos futuros, poderemos alcançar uma taxa de 0%", afirma Amol Narang, um dos investigadores da pesquisa.

Narang enfatiza a importância de mitigar a disseminação do cancro, uma vez que a reincidência da doença frequentemente resulta em situações incuráveis. "Estes resultados renovam a esperança em relação a um cancro que, há uma década, era tido como apenas incurável", acrescenta.

A investigação visa agora estabelecer um método que reduza as taxas de disseminação a zero. Para validar os achados, no entanto, são necessários estudos de maior escala.

Três sinais iniciais de alerta para o cancro do pâncreas que não deve ignorar:

A médica Alexis Missick, do UK Meds, alerta para três sintomas que podem indicar um problema de saúde mais grave. O primeiro sinal é uma perda de peso inexplicável, que pode ser alarmante, especialmente se não resulta de alterações na dieta ou no estilo de vida. "Esta perda ocorre porque o cancro do pâncreas afeta a capacidade do organismo de digerir os alimentos", explica.

Outro sinal importante é a icterícia, manifestada pelo amarelamento da pele e dos olhos, assim como alterações na cor da urina e das fezes. Missick observa que a icterícia surge quando o tumor obstrui os canais biliares, comprometendo o fluxo da bílis.

Finalmente, a presença de dores nas costas ou no estômago que aparecem e desaparecem, especialmente se pioram após as refeições ou ao deitar, pode ser um indicador de cancro do pâncreas. A dor tende a intensificar-se à medida que o tumor cresce.

A médica conclui que os sintomas do cancro do pâncreas geralmente se tornam evidentes apenas nas etapas mais avançadas da doença, o que torna a deteção precoce um desafio. "É crucial realizar exames de rotina, principalmente se existirem fatores de risco, como antecedentes familiares ou hábitos de tabagismo", alerta.

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