Avanços significativos no combate à malária em São Tomé e Príncipe

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que São Tomé e Príncipe tem mostrado "avanços significativos" no combate à malária, com apenas duas mortes registadas nos últimos cinco anos. No primeiro trimestre de 2025, foram reportados 1.293 casos da doença, sem fatalidades.

A ilha do Príncipe, considerada a menor das principais ilhas do arquipélago, apresentou uma diminuição nos casos, com apenas três ocorrências em março de 2025, comparativamente a nove no mesmo mês do ano anterior. A ONU salienta que, entre 2018 e 2020, não houve registo de malária autóctone na região.

O Programa Nacional de Eliminação da Malária (PNEP) é um aliado crucial nesse progresso, promovendo a sensibilização nas comunidades e enfrentando os desafios para erradicar a doença. Apesar das melhorias, um aumento recente nos casos poderá interromper o avanço desejado.

A coordenadora do PNEP, médica Didiena Vilhete, indicou que a perda de imunidade entre a população é uma preocupação. “Sem medidas preventivas, como a pulverização de casas e a utilização de redes mosquiteiras, a malária pode regressar com mais força”, advertiu.

Com o suporte da OMS, foi elaborado um novo plano para 2023-2027, que visa alcançar zero casos autóctones de malária em várias regiões até 2027. Para Jéssica Veiga Soares, responsável da OMS, fortalecer a vigilância e a qualidade dos diagnósticos é essencial para alcançar este objetivo.

O governo de São Tomé também está empenhado na luta contra a malária. Na sua última reunião, o Conselho de Ministros discutiu a utilização de mosquitos geneticamente modificados como parte de estratégias inovadoras na luta contra a doença, ordenando a implementação de certificação de biossegurança para avançar nestes estudos.