Política

Carlos Abreu Amorim destaca a postura responsável do PS frente ao OE2026

O ministro Carlos Abreu Amorim elogiou a atitude responsável do PS na aprovação geral do Orçamento de Estado 2026 e manifestou a sua confiança na moderação de José Luís Carneiro.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, expressou hoje a sua satisfação pela "posição responsável" do Partido Socialista ao garantir a viabilidade, na generalidade, do Orçamento de Estado (OE2026). Em declarações durante uma tertúlia no Clube dos Pensadores, realizada num hotel em Vila Nova de Gaia, o ministro destacou a sua amizade de longa data, há 30 anos, com o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, a quem deixou um aviso quanto ao processo legislativo subsequente à generalidade.

Amorim sublinhou que "não faz sentido aprovar um orçamento com limites e bases, apenas para depois, na especialidade, introduzir propostas que o desequilibram". O ministro acredita firmemente que o atual líder do PS continuará a demonstrar moderação e que não se alinhará com a posição crítica de outros partidos em relação ao orçamento.

Quando questionado se o Governo estaria a tentar adoptar as bandeiras do Chega, Carlos Abreu Amorim negou essa ideia, lembrando que, nas áreas da nacionalidade e da imigração, foi o Chega que se aproximou das propostas social-democratas. Em relação ao partido de André Ventura, Amorim referiu que a sua retórica "é uma estratégia política que simplifica questões complexas".

O ministro confessou, ainda assim, ter "dificuldade em entender as intenções do Chega", especialmente no que diz respeito à sua abstenção na votação geral do orçamento, reconhecendo a vocação do partido para a contestação em vez de uma abordagem construtiva.

No que toca à agenda de reformas do estado, Carlos Abreu Amorim revelou que será apresentada em breve e, em resposta a diversas perguntas sobre o sector da Saúde, alertou para o facto de que "o investimento crescente não se reflete numa melhoria significativa do desempenho". Defendeu que as questões estruturais na área da saúde persistem, e lembrou que propostas anteriores, como o pacto promovido por Rui Rio, foram rejeitadas pela esquerda.

Por fim, ao abordar a comunicação do Governo, o ministro reconheceu que "uma estratégia de comunicação está a ser desenvolvida", admitindo que há espaço para melhorias nesse aspecto.

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