CNA solicita apoio urgente para produtores afetados pelo fogo bacteriano
A Confederação Nacional da Agricultura pede ao Governo medidas imediatas e compensatórias para ajudar os agricultores a lidar com os danos provocados pelo fogo bacteriano.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) manifestou, na data de hoje, a necessidade de ações concretas por parte do Governo, urgindo a implementação de medidas que sejam simultaneamente céleres e compensatórias. Estas iniciativas visam apoiar os agricultores que se vêem obrigados a erradicar os pomares afetados pela bactéria responsável pelo fogo bacteriano.
No comunicado emitido, a CNA salienta que é essencial proporcionar apoio financeiro para cobrir os custos associados às operações de desinfestação, remoção e destruição das plantas infetadas, bem como para a replantação de novas árvores e culturas que não sejam suscetíveis à bactéria.
Recentemente, o Governo adotou medidas adicionais para combater o fogo bacteriano, determinando a destruição de pomares que apresentem mais de 50% das árvores com sintomas visíveis da doença, o que impacta negativamente variedades como macieiras, marmeleiros e pereiras, além de algumas espécies ornamentais.
A CNA enfatiza que os agricultores estão na linha da frente na luta por uma agricultura saudável e sustentável e que a ausência de apoio pode levar a sérias perdas financeiras, colocando em risco a viabilidade das suas explorações.
A confederação apelou também por compensações pelos rendimentos perdidos, uma vez que a situação resulta na total inatividade da produção até que as colheitas atinjam a normalidade novamente.
É igualmente destacado que o combate a pragas e doenças deve ser afrontado com uma estratégia nacional robusta, que invista em pesquisa e inovação, assim como nas necessárias ajudas aos produtores.
De acordo com uma portaria publicada na quinta-feira no Diário da República, o Governo estabelece o "arranque e destruição imediata, por queima ou enterramento, de toda a parcela do pomar com mais de 50% das plantas a mostrar sintomas visíveis e afetadas nos troncos, incluindo pelo menos um terço da copa". Esta medida, assinada pelo secretário de Estado da Agricultura, João Moura, entra em vigor imediatamente e terá efeitos até dezembro de 2025.