Contribuição do BPI alcança 351 milhões até setembro para o CaixaBank

No âmbito da apresentação dos resultados do CaixaBank para os primeiros três trimestres do ano, Gonzalo Gortázar, o CEO da instituição, sublinhou a "evolução muito positiva" do BPI, caracterizando-o como uma "entidade fantástica e bem gerida". O BPI, controlado pelo grupo espanhol desde 2017, contribuiu com 351 milhões de euros para os lucros totais de 4.397 milhões de euros do CaixaBank até setembro.

O CaixaBank esclareceu que esta contribuição não abrange os resultados das participações do BPI no Banco de Fomento de Angola (BFA) e no Banco Comercial de Investimentos (BCI) de Moçambique. Recentemente, o BPI vendeu 14,75% do BFA, reduzindo a sua participação para 33% e obtendo aproximadamente 103 milhões de euros com a operação, conforme anunciado no final de setembro.

Questionado sobre a participação no BFA, Gortázar revelou que o CaixaBank não tem planos de realizar desinvestimentos adicionais neste momento, apesar de considerar esta participação como "não estratégica". O CEO também se absteve de comentar sobre o Novo Banco, reafirmando que o CaixaBank não se pronuncia sobre operações em análise.

Gonzalo Gortázar destacou ainda que o grupo mantém o foco nos mercados de Espanha e Portugal, prevendo um crescimento orgânico sem planos de aquisições. Em relação à recente OPA falhada do BBVA sobre o Sabadell, Gortázar defendeu que é necessário rever regulamentos nacionais e europeus, de forma a assegurar que operações deste tipo não se prolonguem por tanto tempo.

Apesar de algumas tentativas falhadas de fusões na zona euro, o CEO reiterou que existe uma pressão contínua para promover a concentração no setor bancário. O CaixaBank, que atende 20,6 milhões de clientes em Espanha e Portugal, registou um aumento de lucros de 3,5% em relação ao ano anterior, totalizando 4.397 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, e 5.787 milhões de euros em 2023, com um crescimento de 20,2% em comparação com 2022.