Política

Críticas de Catarina Martins à Redução de Custos nos Hospitais

A ex-coordenadora do BE e candidata à presidência, Catarina Martins, manifesta preocupações sobre os cortes nos gastos dos hospitais, que podem comprometer serviços de saúde essenciais.

A candidata presidencial e ex-coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, expressou hoje a sua oposição à intenção do Governo de reduzir a despesa nos hospitais, alertando para os riscos que tal decisão implica na prestação de cuidados de saúde. Martins descreveu a proposta como "um caos" durante uma visita ao hospital Garcia de Orta, em Almada.

“Fomos informados de que o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde realizou reuniões com administradores hospitalares, orientando-os a implementar cortes nos custos, mesmo que isso comprometa a prestação de cuidados de saúde. Isto, para mim, representa um verdadeiro caos. O orçamento deste Governo é caótico e eles preferem desviar a atenção para outros temas em vez de abordarem o impacto das suas ações na vida das pessoas”, afirmou Martins.

A candidata referiu-se a uma notícia do jornal Público que relata que a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), liderada por Álvaro Almeida, instruiu os hospitais a cortar despesas, o que poderá conduzir a uma diminuição no número de cirurgias, consultas e outros serviços necessários.

De acordo com Catarina Martins, o montante que está a ser retirado do orçamento do Serviço Nacional de Saúde é comparável ao valor que seria necessário para operar o maior hospital do país, como se o Hospital Santa Maria deixasse de ser parte do sistema de saúde nacional.

“Num momento em que já enfrentamos tantas dificuldades no acesso aos cuidados de saúde, o que o Governo faz é promover distrações que geram mais problemas do que soluções, desviando o foco do que realmente está a afetar o país”, criticou.

Martins destacou que o corte previsto de 10% no orçamento do Serviço Nacional de Saúde coincide com aumentos nos custos com pessoal, resultando em menos recursos disponíveis para o funcionamento do sistema. “Embora concorde que se deve otimizar gastos em prestadores de serviços, o que vemos é uma ordem para gastar menos, sem a possibilidade de contratar o necessário para colmatar as lacunas”, salientou.

A candidata defende urgentemente que o Serviço Nacional de Saúde necessita de uma maior alocação de meios, advogando por um aumento no acesso a médicos, consultas e cirurgias, em vez de cortes que só agravarão a situação.

Embora as eleições presidenciais ainda não tenham data definida, estão previstas para 18 de janeiro de 2026.

#SaúdeEmPerigo #CortesCaóticos #CatarinaMartins